Por Gabriel Santana, do Centro de Memória
Zagueiro e médio-volante de muita fibra, Urubatão Calvo Nunes é um dos principais defensores da história do Santos. Nasceu em 31 de março de 1933, uma sexta-feira, na cidade do Rio de Janeiro. Iniciou carreira no Bonsucesso e veio para o Santos em 1954, pelo qual estreou em 12 de fevereiro daquele ano, na vitória de 3 a 2 em amistoso contra o Guarani, na Vila Belmiro.
Possuía extrema categoria no desarme e também muita qualidade técnica. Suas ótimas atuações o convocaram para as Seleções Paulista e Brasileira. Sua única partida com o uniforme canarinho ocorreu em 1957, no Maracanã, contra a Argentina. Nesse dia o jovem Pelé também realizava sua estreia pela Seleção.
Com o Alvinegro de Vila Belmiro Urubatão conquistou quatro títulos paulistas e do Torneio Rio-São Paulo. Realizou 319 partidas e marcou 29 gols pelo Santos.
Após completar 30 anos, após oito anos vestindo a camisa do Santos, transferiu-se para o América do México, em 1961. Antes de encerrar a carreira, atuou pelo Jabaquara e pela Ponte Preta.
Uma frase dita por ele representa bem sua personalidade marcante e sua característica de lutar com afinco pela vitória:
“A história não fala dos covardes”.
Ao se aposentar, iniciou carreira de treinador e teve a oportunidade de voltar a Vila Belmiro, como técnico, em 1977, ano em que conquistou o Torneio Hexagonal do Chile.
O valente Urubatão faleceu em Santos, no Hospital Beneficência Portuguesa, vítima de um tumor maligno no cérebro, em 24 de setembro de 2010, aos 77 anos.