Por Odir Cunha, do Centro de Memória
Estatísticas por Guilherme Guarche
O adversário dessa quarta-feira, às 19 horas, na Arena da Baixada, vive ótima fase e já foi campeão da Copa do Brasil este ano. Mas se o Santos quiser garantir a vice-liderança do Campeonato Brasileiro nessa rodada, terá de buscar uma vitória contra o ótimo Atlético Paranaense, que disputa com o Grêmio a quarta colocação do certame.
Até agora, Santos e Atlético Paranaense já se enfrentaram 59 vezes, com 28 vitórias santistas, 15 empates e 16 derrotas; 92 gols a favor e 65 contra. Nos 46 jogos pelo Campeonato Brasileiro a vantagem continua do Alvinegro Praiano, que obteve 23 vitórias, 12 empates e 11 derrotas, marcou 73 gols e sofreu 47.
Mas quando isolamos apenas os confrontos pelo Campeonato Brasileiro jogados na Arena da Baixada, a situação se inverte. Das 16 partidas, o Atlético venceu oito, ocorreram cinco empates e o Santos conquistou três vitórias. A última delas, em 2017, encerrou um tabu de 10 anos sem derrotar o rival no campo deste.
Era um domingo, 11 de junho de 2017 e o Brasileiro chegava à sexta rodada. O time da casa, treinado por Eduardo Baptista, não vinha tendo um bom início de campeonato, mas 18.112 torcedores pagaram para ver a partida. Os destaques do Atlético eram o goleiro Santos, o zagueiro Paulo André e o atacante Pablo.
Dirigido por Elano, técnico interino, o Santos jogou aquela partida com Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Thiago Maia (Alison), Renato e Vitor Bueno (Cléber); Bruno Henrique, Copete e Kayke (Leandro Donizete).
Elano resolveu armar o time mais recuado, à espera de contra-ataques, e eles vieram. Aos 26 minutos Bruno Henrique lançou Thiago Maia, que correu pela direita, como um ala, e cruzou rasteiro para Kayke, embaixo das traves, empurrar para o gol. Nove minutos depois, Bruno Henrique arrancou pela esquerda e cruzou para Kayke, que bateu de primeira, rente à trave, no canto esquerdo de Santos.
Mesmo bem movimentado, o jogo não teve mais gols. O lateral Daniel Guedes foi expulso pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique aos 40 minutos do segundo tempo, mas o Santos se segurou bem até o fim.
Ao final do campeonato, o Alvinegro Praiano terminou na terceira posição, com o mesmo número de pontos do Palmeiras, o vice-campeão. Quanto ao Atlético Paranaense, conseguiu escapar das últimas posições e acabou em décimo-primeiro lugar.
No primeiro jogo, destaque para Camarão
O Atlético Paranaense fez o primeiro jogo com o Santos em 12 de dezembro de 1926, um domingo, em Curitiba, desafio valendo pela Taça Moreira Garcez.
O Atlético Paranaense jogou com Tércio, Marrecão e Haroldo; Nano, Falcine e Juca; Ary, Marreco, Urbino, Polaco e Maranhão.
Time jovem, mas que começava a fazer furor no Campeonato Paulista, o Santos formou com Agne, Bilú e David; Américo, Julio e Renato Pimenta; Omar, Camarão, Hugo, Abel e Evangelista.
No final, com dois gols de Camarão e um de Hugo, contra apenas um de Polaco, o Alvinegro Praiano venceu por 3 a 1 e voltou para a Vila Belmiro com mais uma taça. Uma curiosidade é que o goleiro Athié Jorge Cury, no futuro o presidente da fase áurea do Santos, nessa partida atuou como árbitro.
Artilheiros santistas do confronto
1 – Neymar, 5 gols.
2 – Paulinho McLaren, Edu, Ricardinho e Kléber Pereira, 4 gols.