Uma conquista recheada de emoção no Pacaembu 

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Por Guilherme Guarche, Centro de Memória

Na tarde ensolarada de 2 de maio de 2010, um domingo, o Santos sagrou-se Campeão Paulista pela 18ª vez em sua história, no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o emblemático Pacaembu.

O Alvinegro levou a taça mesmo sendo derrotado pelo Santo André por 3 a 2, graças ao regulamento do certame que estabelecia o título ao time que fizesse a melhor campanha durante o transcorrer do campeonato. Foi uma partida dramática, sofrida e angustiante para os torcedores santistas presentes no estádio.

No jogo anterior, o popular Ramalhão foi derrotado no mesmo Pacaembu pelo placar de 3 a 2, portanto o Alvinegro poderia na partida decisiva perder pela diferença de um gol que se sagraria vencedor do certame estadual.

Logo no início da partida o Santo André abriu o placar com Nunes que recebeu um passe de Branquinho e mandou para as redes. Assustado com o gol-relâmpago o time demorou um pouco para se recompor em campo, mas aos 8 minutos, Robinho deu um bonito passe para Neymar que escapou de Júlio César e fez um golaço.

Após uma discussão generalizada, o defensor santista Léo se envolveu com Nunes e ambos foram expulsos de campo. Aos 19 minutos Alê surgiu na área do Peixe para cabecear e colocar o time do ABC de novo na frente do placar.

Onze minutos depois Neymar recebeu um passe magistral de Ganso e novamente empatou a partida, mas antes do final do primeiro tempo, o santista Marquinhos foi expulso após dar uma tesoura em Branquinho.

E foi esse mesmo Branquinho que aos 44 minutos marcou o terceiro tento do Ramalhão colocando em estado de alerta a torcida santista.

Na etapa complementar caso sofresse mais um gol o time do ABC seria declarado campeão, e foi dramática a atuação do time santista que viu Neymar sair de campo sendo substituído por Roberto Brum que fez uma falta feia e também foi expulso aumentando o desespero do time praiano.

E quando o técnico Dorival Júnior quis tirar o meia Ganso, este se recusou, balançando o indicador da mão direita para o mundo ver. Sua permanência em campo se revelaria decisiva.

O maestro Ganso que nessa tarde jogou uma de suas melhores partidas pelo Santos, passou a prender a bola na tentativa de chamar a falta, tentando ganhar tempo. E chegou a cobrar um escanteio para si mesmo, empurrando a bola por alguns centímetros e saiu caminhando do lugar, numa jogada até hoje lembrada pelos santistas.

Quando o árbitro apitou o final da partida, os 36 360 espectadores, a grande maioria de torcedores do Peixe, puderam comemorar a grande e emocionante conquista dos Meninos da Vila.

O time campeão jogou com Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Rodrigo Mancha, Arouca, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar (depois Roberto Brum) e Robinho (André, depois Bruno Aguiar).

O Santo André formou com: Júlio César, Cicinho (depois Rômulo), Halisson, Cesinha e Carlinhos; Alê (pio), Gil, Branquinho (Rodrigão) e Bruno César; Nunes e Rodriguinho.

Os artilheiros:

14 Gols: Neymar

13 Gols: André

11 Gols: Paulo Henrique

06 Gols: Zé Eduardo e Wesley

05 Gols: Marquinhos e Robinho

04 Gols: Mádson

01 Gol: Giovanni, Pará, Maikon Leite, Germano, Alex Sandro, Marcel e Durval

01 Gol Contra: Júnior César

Campanha Final:

Campeão – 23 jogos – 18 vitórias – 02 empates – 03 derrotas – 72 GP – 31 GC

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