Guilherme Guarche, Centro de Memória
No dia 10 de agosto de 1942, uma segunda-feira, nascia em Bauru, no interior paulista, distante 326 km da capital, também conhecida como “A cidade sem limites”, Antônio Ferreira, ou como ficou mais conhecido no mundo da bola, “Toninho Guerreiro”.
Um centroavante raçudo que tinha faro de gol e se tornou o quarto maior artilheiro na história do Santos. Toninho, ganhou o apelido no próprio elenco do time santista pela sua garra quando vestia a camisa do Alvinegro Praiano.
A primeira vez em que atuou na equipe praiana vindo do Noroeste de Bauru, com apenas 18 anos junto com o ponta-direita Batista, foi no dia 16 de fevereiro de 1963 no empate com o Vasco da Gama no Maracanã em 2 a 2 pelo Torneio Rio-São Paulo, com dois gols do Rei Pelé, formando o Peixe com: Gilmar, Dalmo, Mauro e Zé Carlos (Tite); Calvet e Lima; Dorval, Mengálvio, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe. O técnico era Luiz Alonso Perez, o Lula.
Nessa estreia aconteceu um fato digno de registro porque segundo a imprensa carioca, esse foi o jogo em que o “craque-café” pegou a bola depois de marcar o gol de empate e entregou para o zagueiro Fontana falando: “Leva para sua mãe de presente, fala que foi o Rei que mandou”.
A última partida de Toninho Guerreiro no Santos foi no dia 24 de junho de 1969 quando então marcou o seu último gol pelo Alvinegro, gol esse que deu o título da Recopa Mundial ao Santos na vitória por 1 a 0 diante da Inter de Milão, no Estádio San Siro.
O raçudo Toninho Guerreiro foi negociado por 800 mil cruzeiros novos com a equipe do São Paulo. Com a camisa do Peixe, Toninho jogou entre os anos de 1963 a 1969, 368 partidas, marcando 279 gols. Ele é o quarto maior artilheiro do Santos.
No Peixe conquistou os seguintes títulos:
Campeão Mundial em 1963 – Campeão da Taça Libertadores em 1963 – Campeão Brasileiro nos anos de: 1964/1965 e 1968 – Campeão do Torneio Rio-São Paulo nos anos de 1963/1964 e 1966 – Campeão Paulista nos anos de 1964/1965/1967/1968 e 1969 – Campeão da Recopa Sul-americana e Recopa Mundial no ano de 1968.
Toninho Guerreiro foi o artilheiro máximo do Campeonato Paulista no ano de 1966 com 27 gols, quebrando uma sequência na artilheira do certame do Rei Pelé que vinha sendo o artilheiro de forma consecutiva desde o ano de 1957.
Nos anos de 1970 e 1972 o valente jogador voltou a ser o artilheiro do Paulista, desta feita jogando na equipe do Tricolor do Morumbi. Toninho Guerreiro, que no elenco santista tinha também o apelido de Meméia, faleceu no dia 26 de janeiro de 1990 na capital paulista.