Santos FC anuncia o projeto da “sala inclusiva” na Vila Belmiro

No Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o Santos Futebol Clube anuncia uma importante e emblemática ação em prol da causa, que será implementada no Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro). A “sala inclusiva” já está com seu projeto em fase de conclusão para ser criada junto às arquibancadas, permitindo que pessoas com deficiências variadas ou múltiplas possam assistir aos jogos com suas famílias.

A ideia é promover a inclusão social, atraindo mais torcedores ao Clube. “Queremos as famílias presentes, permitindo uma grande interação. Hoje, no Dia Mundial da Conscientização ao Autismo, demonstramos mais uma vez sensibilidade, respeito, empatia e levamos mais essa energia positiva ao nosso público e vamos caminhando em busca de novas conquistas”, afirma o presidente Marcelo Teixeira.

O foco principal da “sala inclusiva” é poder ter as pessoas com deficiência intelectual e suas famílias juntas no estádio. O local terá menos barulho, menos pessoas. Então, a ideia é que o torcedor que tenha um filho ou mesmo se ele é uma pessoa com deficiência intelectual, pode comprar o ingresso já próximo da sala e no caso de alguma dificuldade comportamental, irritação, pode se dirigir ao espaço.

“Então, não é um espaço terapêutico clínico, é um espaço onde jovens, crianças e adultos com deficiência intelectual, com as suas famílias, poderão assistir ao jogo. É um lugar de lazer e de torcedores. Muitas vezes, no estádio, eles não conseguem se adaptar por causa do barulho, pela quantidade de gente”, explica Vinicius Savioli, gerente do Programa Missão e Inclusão, da Special Olympics, presente em mais de 200 países, com mais de 60 anos de história.

A iniciativa está sendo implementada pelo Santos em parceria com a Special Olympics e a Prefeitura de Santos, através da Coordenadoria de Políticas para Pessoas com Deficiência, da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos. A importante ação social foi desencadeada depois de uma solicitação do atacante Willian Bigode, que é embaixador da Special Olympics no Brasil e que tem um filho (Daniel) com Síndrome de Down, que tem dificuldade de ir ao estádio com muito barulho, sendo muito engajado na causa. “Ele foi fundamental nessa aproximação”, enaltece Vinicius, lembrando que Pelé também foi embaixador da entidade.

A Prefeitura também vem oferecendo grande suporte ao projeto com a consultoria para a criação da sala inclusiva. “Tivemos uma reunião in loco para desenhar o espaço mais adequado, menos nocivo nas questões sensoriais e com móveis e banheiros familiares. Pensamos e fomos construindo juntos a projeção de um espaço que possibilita acolhimento às famílias”, diz a coordenadora de defesa de políticas para pessoas com deficiência, Cristiane Zamari.

Vinicius completa que a sala inclusiva será um espaço para a família e serão criados alguns critérios para que a família se divirta. “É um espaço para curtir o futebol. O foco é a convivência familiar”, destaca.

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