Por: Odir Cunha
Nascido em 13 de março de 1960 em Casilda, idade de 35 mil habitantes a 56 quilômetros de Rosário, Jorge Luis Sampaoli Moya, ou apenas Sampaoli, lateral do Newell’s Old Boys que teve de abandonar a carreira aos 19 anos devido a uma contusão grave, e a partir daí inicou brilhante carreira de técnico, é o terceiro técnico argentino a treinar o Santos.
O primeiro, há 72 anos, foi Abel Picabéa Allero, nascido em Buenos Aires em 20 de junho de 1906. Ele dirigiu o Santos por dois anos, de 24 de janeiro de 1946 a 28 de dezembro de 1947 e teve um retrospecto que hoje seria considero bastante positivo: em 71 jogos obteve 38 vitórias, 15 empates e 18 derrotas, com um percentual de 53,5% de vitórias.
Abel Picabéa, como era conhecido, tinha dupla nacionalidade, pois também era espanhol. Foi jogador profissional com passagens pelo San Lorenzo e Rosário Central. Pendurou as chuteiras no São Cristóvão e imediatamente iniciou a carreira de técnico. Chegou ao Santos depois de passar por Canto do Rio, São Cristóvão e Madureira. Ao deixar o Santos, trabalhou em mais uma dezena de clubes, entre eles o Palmeiras, em 1952, e o Vasco, em 1960.
O segundo técnico argentino da história santista foi o zagueiro José Manuel Ramos Delgado, nascido em Quilmes em 26 de agosto de 1935, faleceu em La Plata em 3 de dezembro de 2010. Ídolo do River Plate e do Santos, Ramos Delgado disputou duas Copas do Mundo. Zagueiro clássico, com notável espírito de liderança, era apelidado de “El Negro” na Argentina, por sua tez escura e o cabelo crespo, marcas de sua ascendência cabo-verdiana.
Delgado assumiu o comando do Santos em um período difícil, em que o clube tinha problemas financeiros e um elenco limitado. Manteve-se como técnico de 9 de novembro de 1977 a 16 de abril de 1978. Em 26 partidas obteve nove vitórias, nove empates e oito derrotas. Depois do Santos ele seguiu carreira e chegou a treinar clubes tradicionais do futebol argentino, como River Plate e Estudiantes.