Por Odir Cunha e Guilherme Guarche, do Centro de Memória
O amistoso, em sua homenagem, atraiu 30 mil pessoas ao Pacaembu. Mas o príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, da Grã Bretanha, estava mais interessado em prestar reverência a outro rei. Antes de Santos e Palmeiras iniciarem o jogo, o príncipe desceu da tribuna de honra até o gramado para dar o pontapé inicial e aproveitou para abraçar efusivamente Pelé, o único soberano presente no Paulo Machado de Carvalho naquele domingo, 18 de março de 1962.
Com seus 1,83m, elegantemente trajado, casado com a rainha Elizabeth II desde novembro de 1947, reconhecido por sua impaciência e mau humor, Philip se despiu da empáfia e se transformou em apenas mais um fã entusiasmado do Rei do Futebol, que, por sua vez, não o decepcionou.
Mesmo evitando jogadas mais bruscas, Pelé foi decisivo na vitória do Santos por 5 a 3. Marcou dois gols, um deles definido pelo jornal Folha de São Paulocomo “joia”. Zito também marcou dois e Dorval fez o seu. Os gols palmeirenses foram assinalados por Chinezinho, Vavá e Zequinha. A partida foi arbitrada por Olten Ayres de Abreu.
Para este desafio contra o único time paulista que rivalizou com o Santos na década de 60, o técnico Lula escalou o time com Laércio, Lima, Mauro (depois Olavo) e Dalmo (Zé Carlos); Calvet (Formiga) e Zito; Dorval (Tite), Mengálvio (Bé), Coutinho (Pagão), Pelé e Pepe.
Homem mais velho da história da família real, príncipe Philip, que também é Duque de Edimburgo, nascido em 10 de junho de 1921, em Mon Repos, na Grécia, hoje tem 97 anos e desde agosto de 2017 abandonou a vida pública.