Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória
O gol de nº 7.000 da centenária história do Santos é de autoria de Ronaldo Barsotti de Freitas, o Pitico, em partida no Parque Antártica em 15 de abril de 1970, uma quarta-feira, dia em que o Alvinegro venceu o São Paulo do técnico Zezé Moreira por 2 a 1, pela Taça Cidade de São Paulo.
O atacante Pitico fez o primeiro do Santos e Léo Oliveira marcou o segundo. O técnico Antônio Fernandes, o Antoninho, mandou a campo um time formado por Joel Mendes, Turcão, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Léo Oliveira e Pitico; Manoel Maria, Picolé (depois Douglas), Djalma Duarte (Lima) e Abel.
Os principais jogadores do Alvinegro não participaram da Taça, pois estavam servindo a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo, no México. Os santistas da Seleção eram Carlos Alberto Torres, Joel Camargo, Clodoaldo, Pelé e Edu.
As irreverências do atacante
Pitico era um jogador irreverente, que até hoje tem suas passagens no clube de Vila Belmiro lembradas por ex atletas e associados, que com ele conviveram no clube.
Uma dessas histórias é a de que por ocasião da renovação de seu contrato com o Alvinegro, Pitico pegou um papel e escreveu um enorme número 8 – que simbolizava os oito milhões de cruzeiros que pretendia receber – e o entregou para o representante santista Katutoshi Ono. O dirigente olhou e rabiscou um número 3 maior ainda. Pitico, com cara de poucos amigos, analisou a contraproposta e argumentou: “Tá bom, aceito! Afinal, não vamos brigar por causa de uma diferença de cinco milhões de cruzeiros”.