No dia 25 de fevereiro de 1935, nascia em Santos um dos melhores atacantes do futebol brasileiro em todos os tempos. O ponta-esquerda Pepe, que iniciou sua carreira jogando em São Vicente, onde morou durante a juventude, na equipe do Continental e foi trazido para o Santos, no início dos anos 50, pelo técnico Cobrinha.
José Macia jogou 750 partidas pelo peixe e marcou 405 gols. É o 2º maior artilheiro do Alvinegro, atrás apenas do Rei Pelé na contagem geral.
Pepe vestiu apenas uma camisa em toda a sua gloriosa carreira futebolística. A camisa branca e preta ou a totalmente branca do seu time do coração. Como técnico do Peixe dirigiu a equipe praiana em 371 oportunidades, venceu 176 partidas, empatou 112 e perdeu 83. É o 3º técnico que mais vezes dirigiu o time santista, ficando atrás de Lula e Antoninho.
Em homenagem aos seus 80 anos bem vividos publicamos um texto escrito pelo mestre da literatura esportiva brasileira, De Vaney abordando a final do campeonato paulista de 1964.
“Pepe, menino Pepe, garoto Pepe, infantil Pepe, moço Pepe, Pepe símbolo da Vila, Pepe mística, Pepe alma, Pepe coração, Pepe amor ao clube, Pepe ouro da casa, Pepe consagração, Pepe Santos F.C., foi Pepe quem – tal e qual como em 1955 – foi Pepe quem, batendo aquela falta, fez para o Santos o tento que mais do que do triunfo, era o tento do descanso de espírito, o tento do salva-coração de parar de querer ter síncope, tento-vitória, tento-jogo, tento-campeonato. E foi assim naquela tarde chuvosa, tarde cinzenta, tarde turva, que brilhou, em Vila Belmiro, o sol de mais uma grande conquista”.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística