(foto: Ricardo Saibun / Santos FC)
No dia 25 de fevereiro de 1935, nascia na mesma rua em que o Santos FC foi fundado, rua João Pessoa, em Santos um dos melhores atacantes do futebol brasileiro em todos os tempos, o ponta-esquerda Pepe.
Ele iniciou a carreira jogando em São Vicente, onde morou durante sua juventude, na equipe do São Vicente A.C. e foi trazido para o Santos FC no início dos anos 50 pelo seu amigo calunga que jogava no gol do time infantil do Santos de nome Cobrinha.
José Macia, o espanhol como Antônio Guenaga, o chamava carinhosamente jogou pelo Santos FC 741 partidas e marcou 403 gols é o 2º maior artilheiro do Alvinegro ficando depois do Rei Pelé na contagem geral.
Pepe vestiu apenas uma camisa em toda a sua gloriosa carreira futebolística, a camisa branca e preta ou a totalmente branca do seu time do coração, o Santos Futebol Clube. Pepe, um exemplo de atleta, um modelo de homem a ser seguido por todos os jogadores do atual elenco santista.
Como técnico do Peixe dirigiu a equipe praiana em 371 oportunidades tendo vencido 176, empatado 112 e perdido 83 partidas. É o 3º técnico que mais vezes dirigiu o time santista, ficando atrás de Lula e Antoninho.
Em homenagem aos seus 81 anos bem vividos publicamos um texto escrito pelo mestre da literatura esportiva brasileira, De Vaney abordando a final do campeonato paulista de 1964:
“Pepe, menino Pepe, garoto Pepe, infantil Pepe, moço Pepe, Pepe símbolo da Vila, Pepe mística, Pepe alma, Pepe coração, Pepe amor ao clube, Pepe ouro da casa, Pepe consagração, Pepe Santos F.C., foi Pepe quem – tal e qual como em 1955 – foi Pepe quem, batendo aquela falta, fez para o Santos o tento que mais do que do triunfo, era o tento do descanso de espírito, o tento do salva-coração de parar de querer ter síncope, tento-vitória, tento-jogo, tento-campeonato. E foi assim naquela tarde chuvosa, tarde cinzenta, tarde turva, que brilhou, em Vila Belmiro, o sol de mais uma grande conquista”.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística