Pepe, 88 anos de uma vida de glórias
Guilherme Guarche, do Centro de Memória
Colaboração de Wesley Miranda, da Assophis
“Sempre digo que sou o maior artilheiro humano do Santos. Setecentos e quarenta e um jogos, marquei quatrocentos e três gols. O Pelé é um ET e não conta”. A frase é sensacional e repetida diversas por Pepe, um dos maiores e mais importantes jogadores da história do Peixe.
Nascido em Santos, no dia 25 de fevereiro de 1935, no mesmo ano em que o Santos conquistou seu primeiro título Paulista, José Macia pode ser considerado o mais santista de todos os santistas. Iniciou sua carreira jogando em São Vicente, cidade vizinha a Santos, onde morou durante a juventude. Chegou para as categorias de base do único clube que defendeu como jogador, em 1951, junto com Del Vecchio.
Um dos mais famosos Meninos da Vila, Pepe ganhou destaque desde a base. Em 1955, em seu segundo ano de profissional, foi autor do gol do título na vitória sobre o Taubaté, trazendo à Vila Belmiro uma conquista que não vinha há vinte anos e que deu início a um período inigualável de glórias.
Dono de grande potência nos chutes com a perna esquerda, ganhou o apelido de “Canhão da Vila”. Foram vários gols de falta, pênalti ou arremates fortes e certeiros. Chegou à Seleção Brasileira, mas lesões em momentos-chaves impediram-no de disputar ao menos uma partida de Copa do Mundo. Ainda assim, ganhou dois títulos Mundiais, ainda que Interclubes, sendo protagonista: em 1962 marcou gol na goleada em Lisboa, sobre o Benfica, e em 1963 suas bombas mudaram a história da decisão diante do Milan. É dele também o recorde de mais títulos com a camisa do Santos, com vinte e seis conquistas.
Depois de pendurar as chuteiras, passou a ter cargos na comissão técnica do Santos até assumir de vez o posto de treinador. Era o comandante do último título de Pelé no Peixe, o Paulistão de 1973. São treze títulos do Paulistão, somando as carreiras de jogador e treinador.
Nesse dia 25 de fevereiro, Pepe comemora 88 anos de uma vida de muitas glórias.