Guilherme Guarche, Centro de Memória
Natural de Olímpia, cidade localizada na região do Aquífero Guarani, no norte do Estado de São Paulo, também conhecida como a “Capital Nacional do Folclore”, Waldemar Barbosa, o Dema, abriu os olhos para o mundo pela primeira vez no dia 22 de fevereiro de 1959, um domingo.
Após ter vindo do Comercial de Campo Grande/MS ele estreou no time do Peixe no dia 19 de janeiro de 1983, em partida de caráter amistoso, na Vila mais famosa do mundo, diante da equipe do América/RJ, vencida pelo Alvinegro Praiano por 2 a 0, com gols de João Paulo e Pita.
O Peixe comandado por Francisco Ferreira de Aguiar, o saudoso Chico Formiga entrou em campo com: Ademir Maria, Toninho Oliveira, Joãozinho, Márcio Rossini e Gilberto Sorriso; Dema, Paulo Isidoro e Pita; Camargo, Serginho Chulapa e João Paulo (Toninho Vieira).
Nesse amistoso também estrearam os jogadores Paulo Isidoro, Camargo e Serginho Chulapa. Era o início de uma fase nova no clube que tinha na retaguarda diretiva de Milton Teixeira, que muito investiu no Alvinegro Praiano.
Chico Formiga admirava a garra e o espírito de luta do médio-volante que como poucos honrou a camisa cinco que um dia foi vestida por ídolos como José Ely Miranda, o Zito, e por Clodoaldo Tavares Santana.
O destemido volante Olimpiense era um exímio marcador e desarmava os adversários sem cometer faltas. Tinha qualidade e sabia como poucos cabeças de área sair jogando em direção ao ataque. Junto com Paulo Isidoro e Pita, Dema formou um dos melhores meios de campo do Santos.
Quando o time de Vila Belmiro chegou às finais do Campeonato Brasileiro de 1983, ele foi um dos grandes destaques da equipe, mas sua única conquista importante com a camisa santista veio no ano seguinte quando ajudou o time do artilheiro Chulapa a se sagrar Campeão Paulista pela 15ª vez.
Naquela memorável final do Paulista em 1984, o Santos venceu o Corinthians Paulista pelo placar de 1 a 0 com Serginho Chulapa marcando o tento que deu o título. O Peixe formou com: Rodolfo Rodriguez, Chiquinho, Márcio Rossini, Toninho Carlos e Toninho Oliveira (Gilberto Sorriso); Dema, Paulo Isidoro e Humberto; Lino, Serginho Chulapa e Zé Sérgio (Mário Sérgio). Técnico Chico Formiga.
Seu desempenho e suas boas atuações pelo Santos o levaram a defender a Seleção Brasileira em quatro oportunidades no ano de 1985: foram três vitórias e um empate. Ganhou merecidamente por duas vezes o Prêmio da Bola de Prata, da Revista Placar, e foi eleito o melhor médio-volante dos Campeonatos Brasileiros de 1983 e 1985.
A última vez em que atuou pelo Campeão da Técnica e da Disciplina foi no dia 14 de maio de 1987, em partida válida pelo Campeonato Paulista, no Estádio José Quirino Moraes, em Novo Horizonte, interior de São Paulo.
Nesse jogo de despedida do craque Dema, que no ano anterior ficou afastado da equipe devido a uma séria contusão no joelho, o Santos empatou em 0 a 0 com a equipe do GE Novo Horizonte e formou com: Rodolfo Rodriguez, Ijuí, Nildo, Toninho Carlos e Claudinho; César Sampaio, Dema (Solano), Osvaldo e Mendonça; Carlos Alberto Silva e Arizinho (Osmarzinho). O técnico era Candinho.
Títulos conquistados no Santos:
1983 – Torneio Vencedores da América / Uruguai – Torneio Cidade de Pamplona / Espanha – 1984 – Torneio Início da FPF – Taça dos Invictos (Gazeta Esportiva) nova série (15 partidas). Campeão Paulista – 1985 – Copa Kirin / Japão
Com a camisa santista Dema jogou exatas 150 partidas, entre os anos de 1983 e 1987, e marcou apenas um gol pelo Peixe. Em 1987 deixou a Vila Belmiro, foi jogar na Portuguesa Santista e despediu-se do futebol profissional em definitivo jogando na equipe potiguar do América de Natal, no ano de 1991.
Nos dias atuais, Dema, que é casado com dona Solange, tem os filhos Rafael, Mayara e Luana e os netos Yuri, Nicolas, Rafaela e Guilherme e reside na Zona Leste da capital paulista, no bairro da Vila Formosa. Um de seus melhores amigos e o cidadão nascido na cidade de Bandeirantes/PR o sempre simpático e atencioso Jamil Mohamed Bovassi.