Por Gabriel Santana, do Centro de Memória
O dia 19 de abril de 1960 entrou para a história do futebol mundial. Em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo, o Santos enfrentou a Portuguesa de Desportos, no Pacaembu, e empatou em 2 a 2, depois de terminar perdendo o primeiro tempo por 1 a 0. O público mal chegou a 800 pessoas. Mas o mais importante não foi nada disso.
Naquele jogo, aparentemente sem maiores destaques, as menos de mil pessoas presente ao Pacaembu presenciaram a estreia do quinteto que formou o melhor ataque da história do futebol, conhecido como “o ataque dos sonhos”: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Curiosamente, nenhum dos cinco assinalou algum gol na partida. Zito e Ney Blanco, aos 20 e 22 minutos do segundo tempo, foram os responsáveis por balançar as redes do adversário, virando o jogo para o Santos, até que Odorico empatasse aos 30 minutos.
Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe começaram a partida, e Mengálvio entrou no decorrer do jogo, no lugar de Ney Blanco. O time santista, comandado pelo técnico Lula, jogou com Laércio; Feijó, Mauro e Zé Carlos; Calvet (Formiga) e Zito; Dorval, Ney (Mengálvio), Coutinho, Pelé e Pepe.
O ataque dos sonhos atuou em 97 partidas, entre o período de 1960 a1966. Juntos, os cinco craques conquistaram todos os títulos possíveis e protagonizaram espetáculos mundo afora. A última vez em que entraram em campo ocorreu em 9 de janeiro de 1966, na Costa do Marfim, quando o Santos goleou o Stad Club Abidjan por 7 a 1, com dois gols de Coutinho, dois de Pelé, dois de Pepe e um de Lima.