Caros associados,
O Santos viveu ontem um capítulo triste de sua história. Capítulo triste, mas revelador.
Revelador porque mesmo com todos os acordos, conchavos, golpismo e grande investimento em panfletos, faixas e bottoms, a votação foi conclusiva apenas por manobra estatutária.
Revelador porque, apesar de o Business Center em São Paulo ser uma sub-sede oficial do clube, manobrarão para dificultar que o enorme contingente de sócios de São Paulo e outras cidades possam votar. São as famosas forças retrógradas que seguram o crescimento do Santos.
Revelador porque funcionários da atual gestão, com claros e conhecidos laços políticos, organizaram e instruíram a colação das faixas pró-impeachment demonstrando às claras o golpismo e traições internas neste processo.
Revelador porque a boca de urna na frente da Vila Belmiro foi comandada por ex-funcionários e até mesmo funcionários atuais, que lutam ainda para viverem do Santos na base de nepotismo e favorecimento.
Revelador quando um funcionário demitido, auto-declarado ex-bandido, se joga sobre o automóvel que eu estava e depois faz declarações mentirosas à imprensa. Um retrato perfeito do tipo de gente que lutamos contra: pessoas perigosas, covardes, desesperadas porque perderam suas boquinhas no clube.
Revelador porque me dá mais forças e esperança de contar com o apoio dos sócios. O verdadeiro torcedor santista pode sim ter críticas a mim, apontar falhas nestes 8 meses iniciais, mas reconhece também inegáveis avanços e com certeza saberá em sua maioria escolher o lado em prol do clube.
Lutarei até o final, não por vaidade ou apego ao poder, mas por senso de justiça e pensando sempre num Santos grande, nacional, mundial e não amarrado a interesses provincianos e espúrios.
J.C. Peres