Odir Cunha, do Centro de Memória
O Santos mantém um saldo bastante positivo em jogos contra equipes uruguaias no Brasil, como se verá nas estatísticas abaixo. A supremacia é ainda maior nos confrontos mais importantes, a começar pela decisão da Copa Libertadores de 2011, em 22 de junho de 2011, com uma vitória de 2 a 1 sobre o Peñarol no mesmo Pacaembu em que nesta terça-feira, às 19h15, o Alvinegro Praiano enfrentará o River Plate.
Outra vitória relevante, pois deixou bem encaminhado o título da Recopa Sul-americana de 1968 – disputada apenas por times campeões mundiais – foi aquela sobre o Peñarol, no Maracanã, em 21 de novembro de 1968, com um gol solitário de Clodoaldo (como se sabe, o Santos venceu a Recopa Sul-americana e se classificou para decidir o título da Recopa Mundial com a Internazionale, a quem derrotou por 1 a 0, em Milão).
O primeiro título da Libertadores poderia ter vindo em 2 de agosto de 1962, na Vila Belmiro, pois nessa noite, uma quinta-feira, o Santos precisava de um empate para garantir a taça, já que havia vencido o Peñarol, em Montevidéu, por 2 a 1. E a torcida até que saiu da Vila comemorando o título, pois o jogo foi interrompido pelo árbitro Carlos Robles quando estava empatado em 3 a 3.
No dia seguinte, porém, a Conmebol divulgou que Robles colocou na súmula que dera o confronto terminado quando o time uruguaio vencia por 3 a 2 e só prosseguiu a partida por motivo de segurança. Assim, a decisão passou para o Monumental de Nuñes, Buenos Aires, no dia 30 do mesmo mês. Lá, o Santos venceu por 3 a 0 e finalmente garantiu a taça.
Na última vez em que se apresentou no Pacaembu contra uma equipe uruguaia, o Alvinegro Praiano mostrou uma garra impressionante e revelou para o mundo o futebol irresistível de um menino de apenas 17 anos. Naquela noite, mesmo com Gabigol expulso desde o primeiro tempo, o time jogou com muita valentia e venceu o Nacional por 3 a 1, com Rodrygo marcando um gol espetacular após arrancada desde o seu campo.
No Pacaembu, 100% de vitórias
Guilherme Guarche e Gabriel Santana, do Centro de Memória
Nas três vezes em que enfrentou times uruguaios no Pacaembu, o Santos venceu: duas delas já foram citadas – contra o Penãrol em 2011 e contra o Nacional no ano passado. Houve ainda uma partida pela semifinal da Copa Libertadores de 1965, em 25 de março, vencida por 5 a 4. Assim, nesses três jogos o Alvinegro Praiano marcou 10 gols e sofreu seis.
Até hoje o Santos enfrentou equipes uruguaias, no Brasil, em 21 oportunidades, obtendo 13 vitórias, três empates e cinco derrotas, com 52 gols marcados e 32 sofridos. Isso quer dizer que em 61,9% das vezes o Alvinegro venceu.
Além das três partidas no Pacaembu, o Santos jogou 14 vezes contra equipes uruguaias na Vila Belmiro e uma no Palestra Itália, Maracanã, Mineirão e Ibirapuera.
A primeira vez em que jogou contra um time uruguaio foi em 19 de janeiro de 1917, na Vila Belmiro, quando uruguaios e argentinos eram considerados os melhores do futebol sul-americano. Naquela sábado o adversário foi o Dublin, que fez jus à fama e sapecou 6 a 2 no Alvinegro Praiano, escalado assim pelo técnico Urbano Caldeira: Odorico, Arantes e Artur; Pereira, Oscar e Ricardo; Marba, Millon, Ary Patuska, Haroldo Domingues e Arnaldo Silveira. Do adversário, destaque para Romano, com três gols.