O presidente Modesto Roma Júnior recebeu na tarde de quarta-feira (16), no Centro de Treinamento Rei Pelé, em Santos (SP), o presidente da Autoridade Pública de Governança do Futebol, Luiz André de Figueiredo Mello. O Santos Futebol Clube é umas das equipes brasileiras que aderiram ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro desde o início. O Apfut é a entidade criada pelo Ministério do Esporte para fiscalizar e publicar sanções aos clubes adeptos ao Profut.
Modesto Roma Júnior ficou reunido com Luiz Mello por cerca de 40 minutos na sala da presidência do CT Rei Pelé. O mandatário santista destacou a importância da visita, enaltecendo o momento em que o Santos FC é referência em modelo de gestão financeira no futebol brasileiro. Em seguida Roma convidou o presidente da Apfut para conhecer a moderna estrutura do Complexo Modesto Roma, dentro do CT Rei Pelé, que recebeu diversas obras de melhorias, principalmente em 2016.
Em sua posse como presidente da Apfut em setembro deste ano, Luiz Mello agradeceu ao ministro Leonardo Piccinani pelo convite para assumir o cargo e destacou o papel do Profut na gestão dos clubes brasileiros.
“A lei tem um ponto educacional, além mesmo do fato do refinanciamento. Ele não é um simples perdão de dívida. Ele é um dos poucos, caso não seja o único programa que a gente tem que será possível analisar a gestão dos clubes. Os clubes que aderirem vão vivenciar um momento muito bom. Temos clubes que vem se destacando. Será mais uma ferramenta para que os clubes resolvam seus problemas, sejam eles financeiros ou de competição”, afimou, à época, o presidente da Apfut ao site oficial do Ministério do Esporte.
O governo federal sancionou a MP 671, a MP do Futebol, conhecida como Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), em 5 de agosto de 2015. As equipes brasileiras tiveram, até 30 de novembro do mesmo ano, o prazo final para aderirem ao programa. O Santos FC foi um dos primeiros times de futebol do Brasil a aderir ao Profut. A Lei trata do refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol com a União em troca de novas regras de gestão, incluindo o chamado “fair play” financeiro, que prevê o rebaixamento de inadimplentes.
Com ajuda do Profut e metas estabelecidas pelo presidente Modesto Roma júnior visando a obtenção de resultados operacionais positivos e diretrizes que conjugam melhora na gestão dos recursos, redução de despesas e incremento das receitas, o Santos FC obteve sua Certidão Negativa de Débitos (CND) em julho de 2016, fato que não acontecia desde 2008. O documento atestou que o clube regularizou todas suas questões fiscais e previdenciárias junto à Receita Federal.
A adesão ao Profut possibilitou a renegociação e o parcelamento das dívidas até então existentes junto à Receita Federal e FGTS. Com o recálculo desses débitos, o clube conseguiu economizar valores referentes a juros, multas e impostos.
Com a CND, o Santos FC tornou-se apto a conseguir patrocínios de empresas estatais e fazer uso de leis de incentivos fiscais para fomentar o crescimento de esportes olímpicos, categorias de base e futebol feminino, entre outros.