Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória
Mesmo sem afamados titulares, como Cláudio, Carlos Alberto Torres, Rildo, Joel Camargo, Pelé e Edu, o Santos fez bonito no torneio quadrangular que comemorava os 250 anos de Cuiabá e se sagrou campeão em 8 de abril de 1969, justamente no dia de fundação da cidade, golear o Mixto por 5 a 1.
Organizado pela prefeitura da “Cidade Verde”, como Cuiabá é conhecida, o torneio foi jogado no estádio Presidente Dutra e reuniu, além do Santos, o América carioca e os clubes locais Dom Bosco e Mixto.
Na goleada sobre o Mixto, com portões abertos ao público, Toninho Guerreiro, duas vezes; Manoel Maria, Patito e Felizardo, contra, fizeram os gols santistas. Escalado por Antonio Fernandes, o Antoninho, o Santos jogou com Gylmar (depois Perez); Oberdan, Ramos Delgado (Paulo), Marçal (Pitico) e Turcão; Mengálvio (Nenê) e Lima; Manoel Maria, Toninho (Patito), Douglas e Abel. Ruiter fez o gol do Mixto.
Na partida anterior, dois dias antes, o Alvinegro Praiano havia vencido o Dom Bosco por 4 a 1, com gols de Toninho Guerreiro (2), Douglas e Mané Maria. Também nessa partida o Santos jogou desfalcado, pois o técnico João Saldanha convocara meio time santista para a Seleção Brasileira que inauguraria o estádio do Internacional de Porto Alegre.
Nosso Mané: O grande destaque do quadrangular foi o ponta-direita Manoel Maria Evangelista Barbosa dos Santos, o sempre querido Mané Maria, que marcou um gol em cada jogo. Ele defenderia o Peixe no período de 1968 a 1973 e 1976, marcando 34 gols em 174 partidas.
Curiosidade: Foi nesse quadrangular que o goleiro argentino Oswaldo Mário Perez, de 27 anos, em testes na Vila, fez as suas duas únicas partidas no Santos, ambas ao substituir Gylmar dos Santos Neves.