Embora tenha nascido no dia 17 de outubro de 1938, Mengálvio Pedro Figueiró foi registrado por seu pai, o maestro da cidade, no cartório de sua cidade natal, Laguna, em Santa Catarina no dia 17 de dezembro de 1938. Era o quinto filho do casal Antônio Figueiró e Maria Florisbela Figueiró.
Sua carreira como jogador começou no modesto Aimoré da cidade gaúcha de São Leopoldo. O técnico Lula foi quem pediu a direção santista que o contratasse pois com a saída de Jair Rosa Pinto, o time precisava com urgência de um meia-direita para ocupar a vaga do veterano Jajá de Barra Mansa. A estreia do recém-contratado meia se deu no empate de 2 a 2 do Peixe com a Portuguesa de Desportos no dia 19 de abril de 1960 no Pacaembu no Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio-São Paulo), ele entrou no lugar de Ney Blanco que marcou um dos gols e o outro foi de Zito, tendo o Santos formado com: Laércio; Feijó, Mauro e Zé Carlos; Calvet (Formiga) e Zito; Dorval, Ney (Mengálvio), Coutinho, Pelé e Pepe. O técnico era Luiz Alonso Perez, o Lula.
Nessa partida nascia também aquele que é conhecido pelo como “O Ataque dos Sonhos” composto por Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe que jogaram juntos em 97 partidas conquistando 68 vitórias, empatando 11 e perdendo 18 partidas marcando 314 gols com o time sofrendo 155 gols com uma média assombrosa de 3,23 gols por partida. A última vez em que atuaram juntos foi no dia 09 de janeiro de 1966 na Costa do Marfim na vitória pelo placar de 7 a 1 na equipe do Stade Clube Abdjan. Mengálvio jogou pelo Alvinegro da Vila Belmiro 371 partidas marcando 28 gols no período de 1960 a 1969.
Curiosidade
Pluto era o seu apelido no elenco santista. José Macia, o Pepe em seu livro “Bombas de Alegria” conta uma passagem do amigo Menga: “Após o Mundial do Chile em 1962, o presidente da República João Goulart recebeu a delegação brasileira em banquete na Granja do Torto e o Menga apertou a mão do presidente e deixou com ele um bilhete solicitando que seu irmão que foram aprovado em um concurso público de âmbito federal, todos gozaram o meia santista pelo seu ato ingênuo. Três semanas depois, seu irmã foi chamado e conseguiu o emprego”.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística