Antes da partida disputada no dia 28 de outubro de 1956, o time santista recebia da direção do jornal A Gazeta Esportiva “A Taça dos Invictos” por ter tido uma série de 24 partidas sem conhecer o sabor da derrota. A primeira partida dessa ambicionada conquista foi iniciada no dia 17 de junho daquele ano, na vitória pelo placar de 1 a 0 diante da Ponte Preta na Vila Belmiro, pelo Torneio de Classificação da Federação Paulista de Futebol.
Nesse torneio que classificava as equipes para a disputa do Campeonato Paulista, o time santista jogou 17 partidas vencendo 14 e empatando 03. Nas partidas válidas pelo campeonato estadual o time praiano venceu 05 partidas e depois de receber “A Taça dos Invictos” disputou ainda mais 03 partidas e venceu todas. O Santos FC foi também o vencedor do Torneio de Classificação da FPF.
No jogo em que recebeu a Taça o time santista enfrentou a equipe do São Paulo e venceu pelo placar de 2 a 0 jogando no Estádio do Pacaembu com gols de Álvaro e Jair Rosa Pinto formando com Manga; Hélvio e Ivan; Ramiro, Urubatão e Zito; Alfredinho, Jair, Álvaro, Vasconcelos e Tite. O técnico era Luis Alonso Perez, o Lula. Mesmo já integrado ao elenco santista o jovem Pelé não participou de nenhuma partida do campeonato paulista, portanto não pode ser considerado como campeão do paulista de 1956.
Houve grande festa na Vila Belmiro e na cidade pela conquista de tão almejado troféu já que era um troféu muito valorizado pelas principais equipes do Estado de São Paulo.
Nas partidas do Campeonato Paulista (08 partidas) o time santista marcou 21 gols e os artilheiros nessas partidas foram:
Alfredinho e Tite com 4 gols cada um, Vasconcelos e Jair Rosa Pinto com 03 gols cada um, Pagão (2) e Urubatão, Del Vecchio, Álvaro, Zito e Almir (contra), todos com um gol cada.
Nos jogos do Torneio de Classificação (17) o time santista marcou 51 gols e os artilheiros nessas partidas foram:
Vasconcelos (10), Tite (9), Del Vecchio (7), Álvaro (6), Pagão e Pepe (4), Zito (3), Alfredinho e Jair Rosa Pinto (2), Ramiro, Urubatão (1) e também com um gol cada marcado a favor do Santos, Julião e Ney.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística