Foi necessária a realização de uma partida extra para se definir o campeão paulista de 1967, já que as equipes do Santos FC e do São Paulo encerraram suas participações no certame empatados em primeiro lugar com 41 pontos ganhos e 11 pontos perdidos. E essa disputa aconteceu no dia 21 de dezembro de 1967 no Estádio do Pacaembu, com o time santista vencendo pelo placar de 2 a 1 com gols de Edu e Toninho Guerreiro formando o Peixe campeão paulista pela 10ª vez com: Cláudio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Clodoaldo e Buglê; Wilson Tergal, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu. O técnico era Antônio Fernandes, o Antoninho.
Para chegar ao título o Alvinegro da Vila disputou 27 partidas conseguindo 17 vitórias, 09 empates e apenas uma derrota marcando 63 e sofrendo 33 gols. Os artilheiros no campeonato foram: Toninho Guerreiro (16), Pelé (15), Carlos Alberto Torres (8), Silva (7), Edu (7), Douglas (4), Rildo (3), Wilson Tergal e Coutinho (1) e Luiz Pereira (1) contra a favor do Peixe.
Faziam parte do elenco os seguintes jogadores: Abel, Toninho Guerreiro, Lima, Coutinho, Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Pelé, Geraldino, Joel Camargo, Edu, Buglê, Zito, Pepe, Mengálvio, Oberdã, Orlando Peçanha, Rildo, Wilson Tergal, Ramos Delgado, Douglas, Silva, Turcão, Osvaldo e os goleiros Gilmar, Cláudio e Laércio.
Além do técnico Antoninho faziam parte da comissão técnica: o administrador Ciro Costa, os médicos Daló Salerno e Italo Consentino, o preparador físico Júlio Massei, os massagistas Macedo e Beraldo, o enfermeiro Matheus, o massagista auxiliar Mendonça e o roupeiro Rochinha.
Curiosidades:
Na última partida do campeonato o Peixe jogou e venceu a Portuguesa Santista por 3 a 1 com gols de Pelé, Toninho Guerreiro e Edu jogando no Estádio Ulrico Mursa já que “A Mais Briosa” não aceitou antecipar a partida para sexta-feira dia 16 exigindo uma compensação financeira de 22 mil cruzeiros novos, que não foi aceita pela diretoria santista e foi durante essa partida que a torcida do Alvinegro comemorou além da vitória obtida a colocação do time na liderança do certame com a equipe do “Tricolor do Morumbi” que no mesmo horário jogava no Pacaembu contra o Corinthians e viu suas chances de se sagrar campeão se esvaírem após sofrer o gol de empate corintiano ser marcado aos 44′ do segundo tempo por intermédio de Benê, a partida terminou em 1 a 1.
Um detalhe que deve ser lembrado é que o técnico do Corinthians era o ex-técnico santista, Luiz Alonso Perez, o vitorioso Lula, que em conversa com o dirigente santista José Bernardes Ferreira comentou: “Este ano o título fica na Vila Belmiro; vou ganhar do São Paulo e dar o título ao Santos será o meu presente de Natal”.
A diretoria santista que tinha entrado com recurso no Superior Tribunal de Justiça da CBD pois entendia que na partida diante do Comercial que terminou empatada em 1 a 1 em Ribeirão Preto, os pontos deveriam ser dados ao Santos pois entendia que o time de Ribeirão deveria ser punido com a perda dos pontos pois a partida foi encerrada antes do tempo do normal devido a falta de segurança no Estádio Palma Travassos, mas prevaleceu o bom senso e a diretoria retirou o recurso antes que o mesmo fosse apreciado pois não queria ganhar o campeonato no tapetão e sim dentro das quatro linhas como realmente aconteceu.
Guilherme Guarche, do Centro de Memória do Santos FC