Memória: Santos FC conquistava o bicampeonato da Libertadores da América

No dia 11 de setembro de 1963, o Santos FC conquistava o Bicampeonato da Taça Libertadores da América ao vencer a equipe do Boca Juniors pelo placar de 2 a 1 jogando no Estádio de La Bombonera, em Buenos Aires na Argentina, na segunda e decisiva partida do torneio com gols de Coutinho e Pelé formando com Gilmar; Dalmo, Mauro, Geraldino e Calvet; Zito e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Luiz Alonso Perez, o Lula.
José Macia, o sempre querido Pepe, assim descreveu essa memorável conquista:
“O Santos enfrentou o Boca Juniors na final da Copa Libertadores de 1963. Nós ganhamos no Maracanã por 3×2, e depois fomos jogar na Argentina, precisando de um empate. A torcida do Boca Juniors, em La Bombonera, é muito, muito fanática. Desde o início da minha carreira no futebol eu nunca havia visto nada igual, em lugar nenhum, em tempo nenhum. Por aí você vê como estava o clima. O gramado também não era bom, com muito barro, muita terra. Lá, o Boca Juniors é quase imbatível. Veja, eu disse “quase”, porque ele enfrentou o Santos e nós vencemos por 2 a 1, com um gol de Pelé e outro do Coutinho. Uma vitória maravilhosa, de um time que além de jogar muito futebol, tinha muita força, brio e vergonha na cara. Caso contrário, não conseguiria.Esta foi uma das maiores vitórias da minha carreira. Precisa ser macho e ganhar do Boca Juniors lá dentro, tanto que pouca gente consegue. O Santos era definitivamente, um time valente. E só não teve um desempenho melhor na Libertadores porque os diretores da época resolveram tirar o clube da competição e levar o time para excursões na Europa, onde faturavam mais dinheiro. Hoje, ao invés de duas estrelas, poderia ter quatro ou cinco estrelas de campeão da Libertadores na sua camisa. O clube arrecadou muito dinheiro, mas não sei se valeu a pena”.
O time santista até os dias atuais já conquistou 3 vezes a ambicionada Taça Libertadores (1962/1963 e 2011). O Rei Pelé é o artilheiro máximo do Clube, com 16 gols marcados.
Texto: Guilherme Guarche. – Coordenador do Centro de Memória

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