No dia 19 de junho de 1916 o Santos FC comprava a área de 16.650 metros quadrados no bairro da Vila Belmiro (antiga Vila Operária) na gestão do presidente Agnello Cícero de Oliveira, que tinha como vice o Dr. Álvaro Ribeiro. Essa área pertencia à Companhia de Habitações Econômicas, tendo custado aos cofres do clube, em valores da época, 66 contos e 660 mil réis.
A diretoria antecipou as prestações cujo prazo final era de 10 anos, liquidando a dívida em 1922 e pagando a mais 35 contos de réis. A área anterior pretendida situava-se no local onde hoje está o imóvel da Beneficência Portuguesa e que não foi adquirida devido ao seu preço ser muito elevado, se comparado na ocasião as finanças do Clube santista. A primeira vez em que a diretoria do Santos tratou do assunto para a compra de um terreno destinado à equipe de futebol, aconteceu na reunião que se realizou no dia 14 de julho de 1915, onde se formou a seguinte comissão: Luiz Suplicy Júnior, Harold Cross, Sebastião Arantes Nogueira e Francisco Viriato Corrêa da Costa depois Urbano Caldeira passou a fazer parte da comissão.
Em 22 de maio de 1989, houve a confirmação da posse definitiva do terreno e o registro da escritura foi feito no 3º Cartório de Notas de Santos. A escritura original redigida a mão, datada de 1922, foi registrada na 1ª Comarca de Santos. O estádio recebeu o nome do patrono do clube – Urbano Vilella Caldeira Filho – em 24 de março de 1933, por indicação de Ricardo Pinto de Oliveira.
A inauguração da praça de esportes foi marcada para o dia 20 de agosto de 1916, mas devido ao falecimento do Dr. Álvaro de Oliveira, então vice-presidente do Alvinegro a solenidade é adiada para o dia 12 de outubro daquele ano. No dia do evento acontecem várias solenidades e brincadeiras entre os associados. É o adeus aos jogos nos campos situados na Ana Costa e Conselheiro Nébias. O campo da Villa Macuco continuou sendo usado para os jogos da liga interna do clube até por volta de 1917.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística