No dia 15 de agosto de 1972, o eterno Rei Pelé jogava a sua partida de nº 982 com a camisa do Santos FC na capital de Santa Catarina, a cidade de Florianópolis, tendo o Rei até aquela data marcado somente pelo Alvinegro da Vila Belmiro exatos 1010 gols.
Nessa distante terça-feira, no lugar cantado como um “pedacinho de terra perdido no mar” como diz o hino oficial da bela e aprazível Florianópolis que o Santos FC venceu a equipe do Avaí pelo placar de 2 a 1 com dois gols de Alcindo formando o Peixe com: Cejas, Orlando Amarelo, Oberdan, Paulo e Zé Carlos; Nenê e Léo Oliveira (Afonsinho); Jader, Alcindo, Pelé e Edu (Ferreira). O técnico era José Macia, o Pepe.
Essa foi a primeira e única vez em que o Rei jogou com a camisa do Santos na capital catarinense, a partida amistosa foi realizada no estádio Adolpho Konder e proporcionou um público recorde no estádio de 19.985 espectadores e foi transmitida para Santos pelo locutor Walter Dias da Rádio Atlântica.
O jornalista catarinense Polidoro Júnior empolgado com o futebol arte do time santista escreveu um livro no qual descreve não só a partida como também tudo o que a envolveu naquela tarde e segundo ele escreveu: “O jogo no estádio Adolpho Konder na tarde de feriado de Assunção de Nossa Senhora, 15 de agosto de 1972, transcende o mero acontecimento esportivo e se instala no território minado da lenda, na história de um lugar em transformação e no momento decisivo em que craques e dirigentes se definem perante uma plateia emocionada e atenta. Para compor a narrativa deste livro foi preciso encontrar os vetores que definiram aquele jogo como inesquecível. Isso se fez pesquisando o entorno em que ele aconteceu, os detalhes de cada lance e, o mais importante, os pensamentos e emoções que ainda habitam os personagens que ali deixaram sua marca”.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística