No dia 22 de agosto de 1930, nascia no bairro do Macuco, em Santos, aquele que se tornaria anos mais tarde o melhor goleiro que o Santos Futebol Clube teria até hoje: Gylmar dos Santos Neves, o popular “Girafa”. O fenomenal goleiro iniciou sua carreira na equipe amadora do time dos Portuários da Cia. Docas de Santos. Depois foi para o Jabaquara, indo na sequência jogar no Corinthians, comprado como “contrapeso” já que os dirigentes do clube da capital queriam levar o meio-campista Ciciá. O Jabaquara só fechou o negócio se o clube levasse Gylmar junto.
Veio para o Santos FC no ano de 1962, onde ficou como titular até o ano de 1969, ganhando os títulos mais importantes na história do Alvinegro Praiano. Gylmar fez sua estreia na meta santista no dia 07 de janeiro de 1962, na goleada do Peixe diante do Barcelona do Equador por 6 a 2, no estádio Monumental Isidro Romero em Guaiaquil em partida amistosa que teve Coutinho marcando 04 gols, e Zito e Pepe um gol cada formando o Santos com: Laércio (Gylmar), Olavo e Décio Brito; Lima, Calvet (Formiga) e Zito (Getúlio); Dorval, Tite (Mengálvio), Coutinho, Pelé (Pagão) e Pepe (Tite). O técnico era Luiz Alonso Perez, o Lula.
No Alvinegro da Vila Belmiro, Gylmar jogou 330 partidas, na Seleção Brasileira enquanto jogador santista ele jogou 38 partidas. Títulos no Santos FC:
Campeão Mundial (1962/63), Campeão da Libertadores (1962/63), Campeão Brasileiro (1962/63/64/65/68), Campeão do Torneio Rio-São Paulo (1963/64/66), Campeão Paulista (1962/64/65/67/68) e Campeão da Recopa Mundial (1968).
Curiosidade
Também no dia 22 de agosto só que no ano de 1940, nascia outro goleiro que marcou época na defesa da meta santista, Cláudio César Aguiar Mauriz, que jogou pelo Santos 223 partidas nos anos de 1965/68 e 1972/73. Durante a fase de Gylmar no gol do Peixe, os outros goleiros que defenderam o arco da Vila foram: Laércio, Carlindo, Peres, Élcio, Silas, Rosan e Cláudio, depois da saída do inesquecível arqueiro Gylmar quem passou a ocupar a meta santista foram os goleiros: Aguinaldo e Jair Estevão e na sequência nos anos de 1970, Joel Mendes e Edevar e por último o goleiro argentino Cejas que assumiu a titularidade como responsável pela cidadela santista.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística