No dia 05 de novembro de 1950, Antoninho, O Arquiteto da Bola, marcava um dos gols mais bonitos no Estádio Urbano Caldeira. Esse gol foi na partida que terminou empatada em 1 a 1 entre o time do Santos FC e o time da SE Palmeiras partia valida pelo campeonato paulista. Para ele esse foi o gol mais bonito dacarreria e ele assim descreveu o lance:
“Odair cobrou o chute de quina. Dessa vez a bola veio rápida, muito mais chute que centro, e eu, então que estava vigiado por Waldemar Fiúme e Manuelito, corri entre ambos, descrevendo como que um “S” saltei para a bola meti a testa e joguei-a no ângulo mais fechado da meta do grande guardião palmeirense que se esticou todo, mas sem lograr deter a trajetória da pelota. Estava aberta a contagem. E na volta ao centro do campo, abraçado pelos meus companheiros, chegou-se a mim o juiz, o inglês mr. Bradley. Fiquei espantado, teria ele anulado o gol? Não, não anulara nada. O que ele queria era cumprimentar-me e apertou-me a mão. No segundo período Jair empatou e o prélio terminou em 1×1. Com a perda desse ponto, o Palmeiras, cedeu ao São Paulo a sua posição de líder. Mas poucos dias depois, o Santos ganhando do São Paulo por 2 a 1 (Odair, Friaça e Odair) no Pacaembu, dava o título de campeão ao Palmeiras, ficando o Santos com o vice-campeonato”.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística