Por Gabriel Santana, do Centro de Memória
A cidade paulista de Jau, situada a 296 quilômetros da capital, tem o privilégio de ser berço de um dos maiores pontas esquerdas do futebol mundial. Jonas Eduardo Américo, ou simplesmente Edu, nasceu ali em um sábado, 6 de agosto de 1949.
Revelado pelas categorias de base do Peixe, o jovem ponta estreou pelos profissionais com apenas 16 anos, seis meses e 25 dias, sendo o quinto atleta mais jovem a disputar uma partida profissional pelo Alvinegro.
Sua estreia ocorreu em 3 de março de 1966, quando o Alvinegro derrotou a Portuguesa de Desportos por 2 a 1, com um gol de Salomão e outro, contra, de Edilson, em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo, no Pacaembu. Bastaram dois jogos para que assumisse a titularidade da equipe, deixando na reserva o já consagrado Canhão da Vila, o Pepe, então com 31 anos.
Fez uma sequência de sete jogos seguidos como titular e foi um dos principais nomes do Peixe na conquista do Torneio Rio-São Paulo de 1966. Nesse torneio Edu revelou todo o seu talento ao marcar dois belos gols na goleada de 4 a 0 sobre o Bangu – um de falta e outro após driblar o goleiro Ubirajara.
Devido a essas empolgantes atuações foi convocado para a Copa do Mundo da Inglaterra, em julho daquele ano, tornando-se, aos 16 anos, o jogador mais jovem a participar de um Mundial. Recorde que se mantém até os dias de hoje.
Drible e ginga
O drible e a ginga eram seus aliados. Era capaz de “entortar a espinha” de qualquer marcador. Também possuía um chute forte e certeiro e era especialista em cobranças de falta de longa distância. A sua habilidade era tamanha que, mesmo sendo canhoto, chegava a atuar também na ponta-direita.
Seleção Brasileira
Com a amarelinha, além de disputar o Mundial de 1966, participou das Copas de 1970 e 1974. Fundamental para a classificação do Brasil para a Copa de 70, atuou em todos os jogos das Eliminatórias. Ao todo fez 54 jogos e marcou 12 gols pela Seleção Canarinho.
Ídolo eterno
Permaneceu por 10 anos na Vila Belmiro e conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1966, os Campeonatos Paulistas de 1967, 1968, 1969 e 1973, o Campeonato Brasileiro de 1968, a Recopa Sul-americana e a Recopa Mundial de 1968.
Com 584 partidas e 184 gols, é o sexto jogador que mais vestiu o manto santista e o sétimo maior artilheiro da história do Santos.