O goalball foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que ficaram cegos. No Santos FC surgiu em 2005, em uma parceria com o Lar das Moças Cegas. Na época era apenas uma parceria de trocas de uniforme. Hoje não. Hoje o Santos FC tem um time profissional da modalidade. É a único clube de futebol do Brasil que tem uma equipe paralímpica. Um orgulho que nem todos podem ter.
O Santos tem times masculino e feminino de goalball, e, ambos, com projetos ousados para a temporada de 2016. O técnico da equipe masculina, Danilo Rong, fala do orgulho que é vestir a camisa do Peixe, mas lamenta ausência da modalidade nos outros clubes grandes do país.
“Nós tivemos a sorte de ser o Santos. Time que nós vestimos a camisa. Acho que isso não tem preço. Nós gostaríamos que os outros clubes também tivessem um time de Goalball, para disputar um Campeonato Brasileiro ou um Estadual, para que os confrontos trouxessem mais torcida. Enquanto não tem, nós mostramos que o Santos saiu na frente.”, disse Danilo.
O Brasil, atualmente, é campeão mundial da modalidade. E, alguns destes feras, vão estar vestindo a camisa do Alvinegro Praiano na próxima temporada.
“Nós temos aqui em nosso país, grandes atletas de goalball. E o torcedor santista pode se preparar, pois o Santos está trazendo alguns destes nomes para cá.”, comemora o treinador. O Santos FC é o quarto colocado no Estadual, mas almeja mais para o próximo ano. “Com os reforços que estão por vir, creio que vamos lutar para ser campeão brasileiro.”
O técnico do time feminino, José Mauro Neri, também fala como é bom trabalhar com o excelente elenco de meninas do Santos FC, e, assim como Danilo, também tem boas notícias para o torcedor.
“Trabalhar com as meninas é muito gostoso. Precisamos ter um pouco mais de paciência do que com os meninos, mas são todas excelentes meninas. Atualmente estamos na quarta colocação do Paulista. No ano passado encerramos na terceira colocação. Não conseguimos a classificação para o Brasileiro, mas, assim como o Masculino, estamos passando por uma reformulação. E, com isso, estamos muito otimistas. Vamos ter meninas de Seleção Brasileira. Algumas que foram campeãs Pan-Americanas.”.