Um título aqui, outro acolá…

Guilherme Guarche e Gabriel Santana, do Centro de Memória
A opulência da história santista faz com que comemoremos dois títulos em um só dia. Um deles veio em um 26 de fevereiro de 1961, no Estádio Jalisco, em Guadalajara; o outro foi conquistado em 1975, no Pacaembu. Desta vez vamos começar pelo mais recente…
Sem Pelé, mas ainda campeão. E invicto
Pelé tinha abandonado o futebol, e o Santos, havia menos de seis meses, mas o time dava mostras de que conseguiria viver sem ele. Nesse dia, há 44 anos, um Alvinegro Praiano remodelado venceu o Torneio Governador Laudo Natel ao empatar com o Palmeiras por 2 a 2, no Pacaembu, com dois gols de Edu.
A equipe campeã, escalada pelo técnico Elba de Pádua Lima, o lendário Tim, formou com Wilson Quiqueto, Luis Carlos Beleza (Wilson Campos), Oberdan, Vicente e Zé Carlos; Paulo, Léo Oliveira e Brecha; Adílson, Cláudio Adão e Edu.
Para chegar ao título o Santos disputou sete partidas, vencendo cinco e empatando duas, marcando 12 e sofrendo apenas três gols. Edu foi o artilheiro do time, com quatro gols, seguido por Cláudio Adão, com três; Mazinho, com dois; Adilson, Léo Oliveira e Brecha, com um gol.
Além do Palmeiras, o Alvinegro também empatou com a Ponte Preta (0 a 0) e venceu as equipes do Guarani (3 a 1), Portuguesa Santista (2 a 0), XV de Piracicaba (1 a 0), Corinthians (2 a 0) e Portuguesa de Desportos (2 a 0).
Curiosidade: Segundo o associado e pesquisador santista Sérgio Nusa, Elba de Pádua Lima defendeu o Brasil na Copa do Mundo de 1938, na França, e como técnico comandou a Seleção do Peru na Copa do Mundo de 1982, na Espanha. No Santos, ele esteve à frente da equipe em 67 oportunidades, com 35 vitórias, 15 empates e 17 derrotas; 94 gols marcados e 64 sofridos. Ele era o técnico do Santos quando Pelé se despediu do time, na vitória de 2 a 0 sobre a Ponte Preta, na Vila Belmiro, em 2 de outubro de 1974.
Com Pelé machucado. Mas também campeão invicto
Pelé não estava cem por cento no Pentagonal de Guadalajara, tanto que só fez uma partida inteira e não marcou nenhum gol em quatro jogos. Mesmo assim, com um empate de 3 a 3 com o América do Rio, o Santos se tornou campeão do torneio e fez jus ao Troféu Juan Gil Preciado.
O forte América, no qual despontava o centroavante Quarentinha, tinha acabado de ser campeão carioca. Após um jogo bem disputado, o Santos garantiu o título jogando com Laércio, Fioti, Mauro e Dalmo (Zé Carlos, depois Formiga); Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho (Sormani), Pelé e Pepe (Tite). Coutinho, Pepe e Dorval marcaram para o Alvinegro Praiano, enquanto Quarentinha, duas vezes, e Antoninho, fizeram os gols do alvinegro carioca.
Nos jogos anteriores o Santos havia goleado o Chivas Guadalajara por 6 a 2, o América do México também por 6 a 2 e o Atlas de Guadalajara por 2 a 0. Em todo o torneio o esquadrão santista marcou 17 e sofreu 7 gols.

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