Cloadoaldo, um dos maiores jogadores da história do Santos FC, receberá homenagem

Clodoaldo Tavares Santana, um dos maiores jogadores da história do Santos FC e da Seleção Brasileira, receberá uma merecida homenagem, no intervalo da partida de domingo (17), contra a Portuguesa de Desportos, na Vila Belmiro, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. Uma parceria do Clube com o movimento Santos Mais Popular.

O nosso Ídolo Eterno vestiu a camisa do Peixe em 512 jogos e marcou 14 gols, entre os anos de 1966 e 1980. É o sétimo jogador que mais vezes defendeu o Peixe.

Clodoaldo nasceu no dia 25 de setembro de 1949, na cidade de Itabaiana, em Sergipe. Ao vê-lo jogando na várzea santista, o treinador dos amadores do Santos, Ernesto Marques, técnico que revelou vários jogadores no time santista, o convidou para treinar no Alvinegro Praiano. Nicolau Moran, diretor de futebol do Peixe na época, também foi muito importante em sua formação como atleta e como homem, pois conseguiu que ele morasse em um alojamento no Estádio Urbano Caldeira.

Volante habilidoso, que marcava bem nos dois lados do campo, eficiente no apoio ao ataque e nos desarmes, sem cometer faltas. Jogou a primeira partida como profissional do Alvinegro em um amistoso na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, em 5 de junho de 1966, vencido por 2 a 0. Naquele dia tinha exatamente 16 anos, oito meses e 11 dias.

Em 1967, tornou-se titular ao substituir o grande capitão José Ely Miranda, o Zito, de quem herdou a camisa cinco do Peixe. No Campeonato Paulista de 1967, com a camisa oito, jogou várias partidas ao lado de seu ídolo, Zito, que usava a cinco. Nos vestiários do Pacaembu, antes de uma partida contra a Portuguesa de Desportos, na hora de distribuir as camisas, Zito chamou o técnico Antônio Fernandes, o Antoninho, e falou: “A camisa cinco, a partir de hoje, é do moleque”.

“Nunca me esqueci desse gesto do Zito, sempre tive um respeito e um carinho muito grande por ele como pessoa. Fomos campeões em 1967 logo de cara, depois veio 1968 e 1969, e fui me acostumando com a camisa do capitão”.

Em 1978, quando ganhou seu último título no Santos FC, liderou o grupo de garotos que ficou conhecido como “Meninos da Vila”.

Ele vestiu pela última vez a camisa do time que tanto ama no dia 26 de janeiro de 1980, na Vila Belmiro, na derrota para a Seleção da Romênia por 1 a 0. No ano seguinte foi jogar no Nacional, do Amazonas, e teria que jogar uma partida contra o Santos FC, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 14 de fevereiro de 1981, na Vila Belmiro. Quando chegou o momento de entrar em campo, ele tirou a camisa do time amazonense e, com lágrimas nos olhos, disse que não jogaria contra o seu time de coração. Também jogou nos Estados Unidos, onde se aposentou do futebol. Problemas no joelho anteciparam sua despedida do esporte.

Títulos no Santos

1967 – Campeonato Paulista e Torneio Triangular de Florença.

1968 – Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Recopa Sul-Americana, Recopa Mundial, Torneio Octogonal do Chile e Torneio Amazônia.

1969 – Campeonato Paulista e Torneio de Cuiabá.

1970 – Torneio Hexagonal do Chile.

1973 – Campeonato Paulista.

1977 – Torneio Hexagonal do Chile.

Na Seleção Brasileira

Pela Seleção Brasileira, o craque, dono da camisa cinco, jogou 51 partidas e marcou três gols, um deles foi o inesquecível gol de empate na semifinal contra o Uruguai, na vitória brasileira por 3 a 1.

Mas uma jogada marcou a carreira de Clodoaldo com a camisa verde e amarela. Nos minutos finais da partida decisiva diante da Itália, na Copa do Mundo de 1970, no México, fez parte de um dos mais bonitos lances do tão aguardado Tricampeonato Mundial. O gol, que nasceu com os quatro dribles seguidos dados pelo jovem volante, foi de autoria de Carlos Alberto Torres e fechou a goleada pelo placar de 4 a 1, servindo também para o consagrar como um dos grandes jogadores da história do futebol.

Clodoaldo é o terceiro jogador da história do Santos FC que mais vestiu a camisa da Seleção Brasileira, com 55 partidas, ficando atrás apenas de Carlos Alberto Torres (61) e Pelé (113).

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