Por Raul Estevan, do Memorial das Conquistas
Na Tanzânia, em 1985, o jovem Celvyn Robert brincava jogando futebol nas ruas da cidade. Para o nome do time de seu bairro, o garoto escolheu o do clube que gostava: Santos. À época, o Alvinegro Praiano já havia conquistado o mundo mais de uma vez, e em qualquer lugar do planeta todos conheciam o Time do Rei. Trinta e nove anos depois, aquele garoto finalmente pôde conhecer de perto o Templo Sagrado.
Hoje, Celvyn não é mais o garoto que jogava bola nas ruas de sua cidade. O santista veio ao Brasil há 14 anos, e desde então reaprendeu a viver. Em um novo país, falando uma nova língua, se adaptou à realidade brasileira buscando alegria longe de casa. Durante esses anos muitos sonhos foram realizados, mas um ainda faltava: uma visita à Vila Belmiro.
Nesta sexta-feira (23), o Clube recebeu a visita de Celvyn, acompanhado de Sophia e Amina, suas filhas. A família conheceu o Memorial das Conquistas, Centro de Imprensa, vestiário e também o campo da Vila Belmiro. Sendo a primeira vez visitando o estádio, a emoção do pai não pôde ser contida ao lembrar de suas jornadas até ali.
“Eu estava pensando que nunca iria conseguir entrar nesse campo. Mas Deus é capaz de tudo. Hoje estou aqui, e muito feliz por tudo que vocês fizeram por mim”, conta o santista.
No sábado (24), o Santos enfrentou o Amazonas em casa. Para completar a visita, o clube concedeu ingressos à família. Além disso, eles também foram presenteados com produtos licenciados. Celvyn pode não ser mais aquele garoto que brincava na rua. Sua vida longe de casa é outra, hoje na companhia de duas jovens filhas. Mas a paixão pelo Manto Sagrado se mantém a mesma.
(Fotos: Bruno Vaz/Santos FC)