(Arte: Dennis Calçada/Santos FC)
O Estádio Paulo Machado de Carvalho, tradicionalmente conhecido como Pacaembu, sem dúvida alguma, é um dos palcos sagrados do Santos Futebol Clube. O Alvinegro Praiano vai realizar neste domingo (26), contra o São Paulo, às 16 horas, pelo Campeonato Brasileiro, o jogo de número 500 do Clube no Paca. Isso, faz, com que, o estádio seja considerado a segunda casa do Santos.
Dois dos jogadores mais importantes do futebol mundial brilharam neste palco. Não só neste palco, claro, já que são atletas que superam os adversários em inúmeros quesitos. Pelé, o Rei do Futebol, foi o jogador que mais marcou gol pelo Santos no Pacaembu. Foram 113 gols do Atleta do Século. O Canhão da Vila também não decepcionou no estádio da Capital, pelo contrário, marcando 49 tentos, sendo o terceiro maior artilheiro santista do Paca.
A dupla tem ótimas lembranças de suas atuações no Pacaembu. Pelé considera o palco do próximo duelo santista com um lugar inesquecível. “Participei de momentos memoráveis no Pacaembu, onde vencemos vários campeonatos importantes e fiz muitos gols.” O Rei tem razão. Ele faturou no Paulo Machado de Carvalho os Paulistas de 62 e 67, os Rio-São Paulo de 59 e 66, e outras competições importantes. O nosso maior ídolo jogou 144 vezes no Pacaembu.
Pela Seleção Brasileira, Pelé também tem boas lembranças. A tradicional Copa Roca foi conquistada no ano de 1957, um ano antes do primeiro título mundial do Brasil. “Foi um título muito importante e inesquecível, logo conquistado no começo da minha carreira.”, disse Pelé.
O querido Pepe também tem ótimas lembranças do estádio, algumas delas, antes de se tornar jogador de futebol. O Canhão brilhou em 107 partidas no Pacaembu.
“Quando eu era guri, eu tinha o sonho de jogar no Pacaembu. Era no Pacaembu que aconteciam os grandes clássicos. Eu ia assistir os jogos no estádio. Adorava acompanhar pelas rádios também. Acho um estádio muito simpático, confortável”, diz o eterno ponta esquerda do Peixe.
Para o Canhão, nada passava desapercebido. Ele sempre gostou de atuar no Paulo Machado de Carvalho. Pequeno, ele já dizia: Um dia jogarei lá. E o sonho foi realizado.
“Eu joguei pela primeira vez no Pacaembu contra o Fluminense, perdemos por 2 a 1. Atuei apenas nos minutos finais, quando entrei no lugar do Tite, que era o titular.”
A decisão do Paulista de 1959, conquistado pelo Palmeiras, foi lembrado por Pepe. “Eu marquei dois gols no jogo, que terminou empatado em 2 a 2, mas infelizmente nós não ficamos com o título.”
Mas Pepe teve glórias no Paca. E que glória. Marcar três gols contra o Corinthians, em uma goleada de 6 a 1? É para poucos. A partida foi disputada no dia 30 de novembro de 1960, em jogo válido pelo Paulistão. “Marquei dois gols de pênalti e outro com bola rolando. Foi uma baita partida nossa. Sormani, Pelé e Coutinho fizeram os outros gols. Impossível não guardar essa boa memória”.
Com tanto brilhantismo, arte e ousadia, só nos resta agradecer aos nossos eternos ídolos. Obrigado, Pelé. Obrigado, Pepe. Obrigado a todos os Santos.
Texto: Fúlvio Feola