101 anos do nascimento de Jair Rosa Pinto

[:pb]Guilherme Guarche, do Centro de Memória 

Natural de Quatis, distrito de Barra Mansa, no Vale do Paraíba Fluminense, estado do Rio de Janeiro, Jair Rosa Pinto, nasceu em 21 de março de 1921, uma segunda-feira, e já não era um jovem atleta quando chegou ao Santos, em 1956, antes já tinha defendido as cores de Madureira, Vasco, Flamengo e Palmeiras.

Jair ficou conhecido no mundo do futebol como “Jajá de Barra Mansa”, embora tenha recebido também o apelido de “Coice de Mula” que lhe foi dado por companheiros e adversários, pois apesar das pernas finas, batia na bola com uma potência incrível.

Em 1938, Jajá de Barra Mansa, ainda um garoto franzino de 17 anos, disputou o campeonato carioca pelo modesto Madureira. No ano seguinte, o renomado técnico Ademar Pimenta o escalou na equipe principal formando um trio sensacional com Isaías, Lelé e Jair.

Em 1943, junto com seus dois companheiros apelidados de “Três patetas”, Jair foi contratado pelo Vasco da Gama, clube em que passou quatro anos e no qual despontou para o futebol brasileiro.

O Palmeiras se interessou pelo craque das canelas finas, mas que tinha um canhão no pé esquerdo, e Jair seguiu para o Alviverde do Parque Antártica.

Contratado pelo Santos, fez sua estreia no dia 19 de março de 1956, na Vila Belmiro, no Torneio Internacional da FPF, em partida vencida pelo Alvinegro por 3 a 2, diante do Boca Jrs. com gols de Pagão, Pepe e Vasconcelos.

O técnico Luiz Alonso Perez, o Lula, escalou o Peixe com: Manga, Hélvio e Feijó; Ramiro, Formiga e Zito (Urubatão); Tite (Alfredinho), Jair Rosa Pinto, Álvaro (Pagão), Vasconcelos e Tite.

Temido pelos goleiros, Jair tinha um chute forte na perna canhota e costumava fazer gols em tiros de longa distância. Essa potência anormal no chute lhe valeu o apelido de “Coice de Mula”. O ponta-esquerda Pepe, que jogou ao seu lado, afirma que a barreira até saía da frente quando Jair ia cobrar uma falta.

Mas também era exímio no passe enfiado entre os zagueiros. Convocado diversas vezes para defender a Seleção Brasileira, foi titular da equipe que disputou a Copa de 1950, no Brasil.

Participou ativamente do time santista que estava se formando na Vila Belmiro, transmitindo experiência aos atletas mais jovens, principalmente para o garoto Pelé. Com a camisa do Santos venceu três Campeonatos Paulistas (1956, 1958 e 1960) e um Torneio Rio-São Paulo (1959). No Peixe jogou 195 partidas e marcou 34 gols.

Após deixar o Santos, foi contratado pelo São Paulo, e antes de encerrar a carreira, aos 42 anos, ainda jogou na Ponte Preta. Ao pendurar as chuteiras, virou treinador e dirigiu a equipe santista, em 1972, totalizando 31 partidas.

Jair Rosa Pinto morreu na madrugada de 28 de julho de 2005, aos 84 anos, vítima de embolia pulmonar. O inesquecível meia esquerda estava internado no Hospital da Lagoa, Rio de Janeiro, onde se recuperava de uma cirurgia no abdômen.

Seu corpo foi velado no cemitério do Caju e cremado no mesmo dia de sua morte.

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