Santos FC explica procedimento médico adotado no atendimento ao goleiro Gabriel Brazão

O Santos FC informa que o goleiro Gabriel Brazão, vítima de um trauma na região da cabeça na partida contra o Atlético-MG, no último domingo (14), em Belo Horizonte (MG), encontra-se bem e sem quaisquer alterações que emanem preocupação. O atleta está em repouso domiciliar nesta segunda-feira (15) e será reavaliado clinicamente nesta terça (16), na reapresentação do elenco após o empate em Minas Gerais.

O médico Maurício Zenaide explicou o atendimento realizado ao goleiro santista na Arena MRV.

“Gabriel Brazão foi atendido no campo, estava consciente e orientado. Foi aplicado o protocolo cat6 da FIFA e CBF para suspeita de concussão. O goleiro respondeu todas as perguntas corretas, não desmaiou, não tinha visão dupla e não tinha ânsia ou vômito. A única alteração objetiva era o hematoma subgaleal na região frontal à esquerda, o popular ‘galo’, que por si só não determina a necessidade de retirar o atleta do gramado. Não pela vontade do jogador, mas sim por ausência de critérios maiores de concussão, foi optada pela permanência em campo. Após a orientação, acompanhamos o atleta, observando seus movimentos e questionando-o algumas vezes nos minutos seguintes. O jogador, pouco tempo depois, alertou o médico que não estava sentindo-se seguro para continuar. Ele não perdeu a consciência em momento algum e apenas relatava leve tontura, então parou o jogo e deitou no gramado para ser retirado, como foi orientado pelo Departamento Médico, e seguindo todos protocolos estabelecidos pela FIFA e CBF. Brazão saiu de campo consciente e orientado, foi encaminhado ao hospital Mater Dei, referência em Belo Horizonte, onde foi atendido por um especialista em neurologia. Foi aplicado novamente o protocolo cat6 sem alterações, passou por exames de imagem, também sem alterações e teve alta logo depois, retornando para Santos junto com a delegação do clube”.

Em tempo, o Santos FC, através do coordenador do Núcleo de Saúde, Rodrigo Zogaib, espera que este episódio sirva para que, conforme já foi defendido pelo Dr. Jorge Pagura, presidente da Comissão Médica e de Combate a Dopagem da CBF, mecanismos de imagem auxiliares para contusões importantes sejam implementados nos jogos no futebol brasileiro. Da mesma forma que o árbitro e mais três auxiliares muitas vezes não conseguem interpretar adequadamente um lance, é ainda maior a dificuldade de um profissional médico. Tal mecanismo de auxílio de vídeo poderia se tornar uma ferramenta para um atendimento médico no campo ainda mais eficiente.

Ir para o conteúdo