Três santistas essenciais na Seleção Brasileira campeã da Copa América de 1919

Por Odir Cunha, do Centro de Memória
Os estudos históricos dependem da visão – e da paixão – do historiador. Assim, se a riquíssima história do Santos ficar exclusivamente a cargo de historiadores com outras visões e paixões, haverá o sério risco de ela ser minimizada, ou mesmo esquecida. Prova disso é o fato, importantíssimo, mas nunca lembrado, de que foi o nascente Santos Foot-Ball Club, então com apenas sete anos de vida, que cedeu três jogadores para a Seleção Brasileira campeã da Copa América de 1919.
Ao sabor das preferências dos autores,os textos sobre a Copa América de 1919 têm destacado jogadores como Neco e Amilcar, do Corinthians; Heitor Domingues, do Palestra Itália; Marcos Carneiro de Mendonça, do Fluminense, e, evidentemente, Arthur Friedenreich, do Paulistano. Pouco ou nada se lê ou se ouve sobre os santistas Arnaldo Silveira, Adolpho Millon Junior e Haroldo Pires Domingues, o que é indesculpável.
Esse trio teve uma participação importante na pioneira e memorável conquista do futebol nacional, a começar pelo ponta-esquerda Arnaldo Patusca da Silveira. Além de titular e capitão do time, Arnaldo Silveira, um dos jovens fundadores do Santos sete anos antes, integrou a comissão técnica da Confederação Brasileira de Desportos, deliberando também sobre assuntos extracampo, como marcação de treinos e escalação do time.
Aos 24 anos, Arnaldo, o “Miúdo”, era um líder nato. Trouxe sua serenidade e espírito de liderança do Santos para a Seleção Brasileira, à qual serviu com abnegação e serenidade. Rápido, de chute forte, foi o primeiro grande ponta-esquerda do Brasil. Não fez gols no Campeonato Sul-americano/ Copa América de 1919, mas de uma violenta cobrança de falta sua, que o goleiro rebateu, é que surgiu o primeiro gol do Brasil no empate de 2 a 2 com o Uruguai.
Autor do primeiro gol da história do Santos, na vitória de 3 a 2 sobre o Santos Athletic Club, em 15 de setembro de 1912, no campo da Avenida Ana Costa, Arnaldo fez 16 jogos e marcou um gol pela Seleção Brasileira. No Santos, jogou de 1912 a 1922, realizando 132 jogos e marcando 74 gols. Nasceu em 6 de agosto de 1894, em Santos, e morreu na sua querida cidade em 24 de junho de 1980.
Um ano mais novo do que Arnaldo, o ponta-direita Adolpho Millon Júnior tinha apenas 16 anos quando participou da fundação do Alvinegro Praiano. Em 1919, aos 23 anos, ele foi titular contra a Argentina e nos dois jogos contra o Uruguai. Marcou o terceiro gol na vitória de 3 a 1 sobre os argentinos, feito muito comemorado em Santos.
Assim como Arnaldo, Millon foi campeão santista em 1913 e 1915, mas seus títulos mais expressivos vieram com a camisa da Seleção Brasileira: a Copa Rocca de 1914 e o Campeonato Sul-americano/Copa América de 1919. Fez 16 jogos e marcou um gol pela Seleção; jogou 111partidas e marcou 46 gols pelo Santos, que defendeu de 1912 a 1922. Nasceu em Santos, em 16 de setembro de 1895 e morreu em Salvador, em 7 de maio de 1929, com apenas 33 anos.
Além desses dois “Meninos da Vila”, o Alvinegro Praiano foi representado na competição sul-americana de 1919 pelo meia carioca Haroldo Pires Domingues, que veio para o Santos em 1917, depois de ter sido campeão do Rio de Janeiro, no ano anterior, pelo América.
Haroldo, que usaria a camisa número 10, se os uniformes fossem numerados, foi o primeiro jogador a marcar mais de um gol em uma partida da Seleção Brasileira. A proeza ocorreu em 12 de outubro de 1917, na goleada de 5 a 0 sobre o Chile, pelo Campeonato Sul-americano/Copa América de 1917, no Central Parque, em Montevidéu. No Sul-americano/ Copa América de 1919, ele voltou a marcar logo na partida inaugural, contra o Chile, no Estádio de Laranjeiras, assinalando o quinto gol da goleada de 6 a 0, aproveitando um centro de Luiz Menezes.
Em toda a sua carreira Haroldo fez sete jogos e marcou cinco gols pela Seleção. No Santos, onde chegou em 1917, depois de ser campeão carioca pelo América, realizou 73 jogos e marcou 56 gols. Defendeu o Alvinegro Praiano de 1917 a 1921 e depois voltou para mais uma temporada em 1927. Nasceu no Rio de Janeiro em 1896 e morreu na mesma cidade em 13 de setembro de 1955.
Paixão pelo futebol, confiança no Brasil
Chamada oficialmente de “3º Campeonato Sul-Americano de Seleções de Futebol”, a competição internacional veio em boa hora para aumentar a autoestima dos brasileiros e minimizar a tristeza provocada pela Gripe Espanhola, que entrou pelos portos brasileiros em 1918 e matou 35 mil pessoas no País, entre elas o presidente eleito Rodrigues Alves, paulista de Guaratinguetá, morto em 16 de janeiro de 1919 e sucedido pelo seu vice, o mineiro Delfim Moreira.
O Sul-americano, que envolvia outras modalidades esportivas e uma ampla programação de visitas para as delegações estrangeiras, já tinha sido realizado duas vezes: em 1916, na Argentina, e em 1917, no Uruguai, ambas vencidas pelos uruguaios. O Brasil, terceiro colocado nas duas oportunidades, ainda não tinha vencido, na competição, a uruguaios e argentinos, considerados os melhores praticantes do futebol no continente. Mas a esperança de um grande desempenho brasileiro se renovou em 1919.
Pela primeira vez o Sul-americano seria realizado em território nacional e a expectativa era enorme. Capital do Brasil e cidade mais populosa do país, o Rio já era uma metrópole com um milhão e meio de habitantes. Para a competição foi erguido o Estádio de Laranjeiras, do Fluminense, ao lado do Palácio da Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro e antiga sede da República Federativa do Brasil.
País em formação, buscando uma identidade, o Brasil era predominantemente agrário, em que 85% de seus 30 milhões de habitantes viviam na zona rural. Havia apenas 20 anos que a República tinha sido proclamada e 21 anos que a Lei Áurea abolira a escravidão.
A cidade de Santos, com seu porto que movimentava a maior parte do comércio internacional do País e recebia levas e levas de imigrantes, tinha chegado a 100 mil habitantes justamente naquele ano de 1919. Essa população era maior do que a da maioria das capitais brasileiras. Belo
Horizonte, por exemplo, tinha 50 mil habitantes; Curitiba e Fortaleza, 70 mil. Em São Paulo viviam 550 mil pessoas.
Além do declínio da Gripe Espanhola, que se espalhou pelo planeta e matou dezenas de milhões de pessoas (números imprecisos contam de 50 a 100 milhões de mortes), havia um outro forte motivo para esperança e otimismo: a Primeira Guerra Mundial, após incendiar o mundo e matar cerca de nove milhões de pessoas, havia terminado no final de 1918. O homem já podia pensar em viver e se divertir.
Começa o espetáculo
Os jornais da época publicaram que na cerimônia de abertura do Sul-americano, em um domingo, 11 de maio, o Estádio de Laranjeiras chegou a receber mais de 30 mil pessoas, o que representaria 12 mil pessoas acima de sua capacidade. Fontes menos ufanistas falam de 20 mil pessoas, o que, de qualquer forma, era um recorde de público no iniciante futebol brasileiro.
Milhares de pessoas e centenas de automóveis ainda ocupavam as cercanias do estádio quando se iniciaram as solenidades que antecederam o jogo inaugural, entre Brasil e Chile. Estavam presentes o presidente da República, Delfim Moreira, e personalidades das artes e dos esportes.
O clima entre os participantes era cordial. As delegações uruguaia, argentina e chilena participaram de vários eventos festivos e foram levadas a visitar a Biblioteca Nacional, a Escola de Bellas Artes, o Museu Nacional e até o Corpo de Bombeiros.
Para o jogo de estreia, a comissão técnica da CBD, da qual fazia parte o santista Arnaldo Silveira, escalou o time com Marcos, Píndaro e Bianco; Sergio, Amilcar e Gallo; Menezes, Neco, Friedenreich, Haroldo e Arnaldo. Os chilenos entraram em campo com Guerreiro, Gatica e Poirrier; Gonzalez, Balza e Baez; Fuentes, Domingues, France, Munhoz e Vara.
Menos forte dos quatro concorrentes, o Chile não foi adversário para o Brasil, que venceu por 6 a 0, com três gols de Friedenreich, dois de Neco e um de Haroldo. O gol do santista Haroldo, o quinto da partida, ocorreu no segundo tempo, após um centro do ponta-direita Luiz Menezes, que seria substituído por Adolpho Millon nos jogos seguintes. Veio o centro de Menezes e o experiente Haroldo imediatamente tratou de jogar a bola nas redes adversárias.
Dois dias depois jogaram uruguaios e argentinos, que o Jornal do Commcercio definiu como “um prélio de gigantes, em que se pretende estar em jogo a hegemonia sul-americana”.  Nessa partida ficou clara a hostilidade dos torcedores cariocas aos uruguaios, considerados os melhores do continente, que sabiam aliar a técnica ao jogo bruto. Nem a torcida, porém, conseguiu impedir a vitória dos bicampeões sul-americanos, por 3 a 2. Segundo o mesmo jornal, os destaques do ataque da Seleção, nessa partida, foram Friedenreich, Neco e Arnaldo.
O primeiro delírio nacional pelo futebol
Pode-se afirmar que o jogo seguinte da Seleção, contra a Argentina, em 18 de maio, representou o primeiro delírio coletivo que o futebol provocou na população brasileira. A vitória, por 3 a 1, sobre um adversário considerado melhor e mais experiente, causou uma onda de ufanismo entre os torcedores. Uma matéria enviada de Santos pela agência Associated Press dava bem a ideia dessa euforia:
O resultado do jogo de ontem, entre brasileiros e argentinos, causou aqui franco entusiasmo. O povo de Santos apinhava-se no Largo do Rosário, defronte do Café Paulista, acompanhando, em meio de calorosas aclamações, as notícias descrevendo as peripécias desse esperado encontro. Ao ser noticiado o primeiro gol dos jogadores brasileiros, essas aclamações assumiram as proporções de um verdadeiro delírio, sendo prolongada e estrondosa a salva de palmas com que foi recebida a notícia. A notícia do terceiro gol brasileiro foi recebida pela multidão como um entusiasmo indescritível, sendo erguidos muitos vivas aos jogadores brasileiros. H&aa cute; muita esperança de que os valentes jogadores patrícios saiam também vitoriosos quando jogarem com seus dignos competidores, os uruguaios. 
Como se sabe, o terceiro gol, que decidiu a partida, foi marcado pelo santista Adolpho Millon, em jogada descrita assim pelo Jornal do CommercioArnaldo consegue travar a bola e chuta em gol. A bola desvia e vai para a meia direita, onde se acha Millon. Este, percebendo que Isola está descolocado, chuta no canto direito, marcando o terceiro gol brasileiro.
O primeiro gol da Seleção tinha sido marcado por Heitor, depois que Millon cobrou uma falta com maestria, Friedenreich desferiu forte cabeçada que o goleiro não pegou e Heitor entrou para chutar para as redes. Depois, Amilcar acertou um belo chute de longe e Izaguirre, após bela arrancada, diminuiu para a Argentina, deixando o jogo nervoso. O gol de Millon definiu a vitória. Para o Jornal do CommercioFriedenreich, Heitor, Neco e Millon foram os jogadores de maior realce do nosso ataque.
Nesse jogo, o Brasil jogou com Brasil Marcos, Píndaro e Bianco; Sergio, Amilcar e Fortes; Millon, Heitor, Friedenreich, Neco e Arnaldo. A Argentina formou com Isola, Castagnola e Reys; Mattozi, Oslenghi e Martinez; Calomino, Izaguirre, Clarl, Brichetto e Perinetti.
No dia anterior, porém, o Uruguai tinha vencido o Chile por 2 a 0 e seguia favorito para ser campeão, apesar de um sério desfalque. Nesse jogo contra os chilenos, o goleiro uruguaio Roberto Chery, de 23 anos, queixou-se de dores ao cair no gramado para defender uma bola chutada por Fuentes. O goleiro foi internado na Casa de Saúde Dr. Pedro Ernesto e constatou-se uma peritonite. Chery passou por uma cirurgia, mas não resistiu à infecção. Solteiro, o pobre rapaz deixou mãe e irmãos.
A grande decisão
No dia 22 de maio, quinta-feira, a Argentina venceu o Chile por 4 a 1 e ficou com o terceiro lugar. Mas a sorte da competição estava reservada para domingo, dia 25. E os preparativos eram intensos. Para fugir do calor carioca, a delegação uruguaia tinha se mudado para o Alto da Tijuca. Enquanto isso, em convocação pelos jornais, a CBD convidava os 22 jogadores, titulares e reservas, para “um treino no campo do Fluminense, às 3 da tarde”.
O Estádio de Laranjeiras ficou superlotado para ver Brasil e Uruguai. Novamente não se sabe ao certo qual foi o público total da partida, mas provavelmente chegou a 25 mil pessoas, o maior que já tinha assistido ao futebol no País. Nem essa enorme pressão, porém, intimidou os uruguaios, que largaram na frente, com gols de Isabelino Gradin e Carlos Scarone.
Mesmo com o mesmo time que vencera a Argentina, o Brasil não conseguia chegar ao gol, até que Arnaldo Silveira bateu uma falta com potência, o goleiro Cayetano Saporiti espalmou e Neco entrou para marcar. O gol animou a equipe, que chegou ao empate com outro gol de Neco.
A igualdade em pontos ganhos entre Brasil e Uruguai forçou a realização de um jogo-desempate, marcado para o dia 29, quinta-feira, quando, segundo os arquivos da CBF, 27 500 espectadores tomaram o estádio. Fora dele, havia torcedores até pendurados em árvores.
O Brasil manteve os mesmos titulares: Marcos de Mendonça (Fluminense), Píndaro (Flamengo) e Bianco (Palestra Itália, atual Palmeiras); Sérgio Pires (Paulistano-SP), Amílcar (Corinthians) e Fortes (Fluminense); Millon (Santos), Neco (Corinthians), Friedenreich (Paulistano), Heitor (Palestra Itália-SP) e Arnaldo (Santos). Não havia um técnico. O time era escalado pro uma comissão formada por Arnaldo da Silveira (capitão), Amílcar, Mário Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.
O Uruguai formou com Cayetano Saporiti, Manuel Varela e Alfredo Foglino; Rogelio Naguil, Alfredo Zibechi e José  Vanzzino; José Pérez, Héctor Scarone, Angel Romano, Isabelino Gradín e Rodolfo Marán. Seu treinador era Severino Castillo.
Renhidamente disputado, o jogo terminou sem gols. Houve a primeira prorrogação e o marcador se manteve inalterado. Apenas na segunda prorrogação, depois de mais um ataque brasileiro, Friedenreich marcou o gol que decidiu o título para o Brasil. A festa foi tremenda. Mas o título só pôde ser comemorado ao final do tempo, após uma angustiante pressão uruguaia.
Feito de repercussão nacional, a conquista indiscutível da Seleção – que teve o melhor ataque, a melhor defesa e os artilheiros Friedenreich e Neco, ambos com quatro gols – inspirou o sambaUm a zero, de Pixinguinha. Friedenreich se firmou como o maior ídolo do futebol brasileiro e todos os jogadores do elenco receberam homenagens oficiais. Entre esses novos ídolos populares, é bom não esquecer, estavam os bravos santistas Arnaldo Silveira, Adolpho Millon e Haroldo Pires Domingues.
Estatísticas do Santos na Copa América
Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória
A Copa América, até 1975 conhecida como Campeonato Sul-Americano de Futebol, chega à sua 46ª edição no Brasil. Sua história teve início em 1916, na Argentina, e nessa primeira competição já contou com um jogador do Santos: o ponta-esquerda Arnaldo Silveira, que participou das três partidas.
Até hoje, o Santos teve 41 jogadores convocados e 28 que participaram efetivamente da Copa América. Foram eles: Arnaldo Silveira, Haroldo, Millon, Constantino, Castelhano, Cláudio Pinho, Zito, Del Vecchio, Álvaro, Formiga, Pepe, Dorval, Pelé, Silas, Nilton Batata, Juary, Márcio Rossini, Toninho Carlos, Almir, Diego, Renato, Kléber, Elano, Ganso, Neymar, Robinho, Lucas Lima e Gabriel.
Santistas na Seleção Brasileira
Ano: 1916 – Argentina
• Arnaldo Silveira – 03 jogos
Ano: 1917 – Uruguai
• Adolpho Millon – 01 jogo e 01 gol
• Arnaldo Silveira – 03 jogos
• Haroldo Domingues – não atuou
Ano: 1919 – Brasil (Brasil campeão)
• Adolpho Millon – 03 jogos e 01 gol
• Haroldo Domingues 01 jogo e 01 gol
• Arnaldo Silveira – 04 jogos
Ano: 1920 – Chile
• Castelhano – 03 jogos
• Constantino – 02 jogos
Ano: 1942 – Uruguai
• Cláudio Cristóvão Pinho – 03 jogos e 01 gol
Ano: 1956 – Uruguai
• Álvaro – 04 jogos e 01 gol
• Chico Formiga – 04 jogos
• Del Vecchio – 04 jogos
• Zito – 01 jogo
• Tite – não atuou
Ano: 1957 – Peru
• Pepe – 03 jogos e 03 gols
• Zito – 01 jogo
Ano: 1959 – Argentina
• Pelé – 06 jogos e 08 gols
• Dorval – 04 jogos
• Zito – 03 jogos
Ano: 1963 – Bolívia
• Silas – 02 jogos
Ano: 1979 – Sem sede fixa
• Juary – 02 jogos
• Nilton Batata – 02 jogos
• João Paulo – não atuou
• Pita – não atuou
Ano: 1983 – Sem sede fixa
• Marcio Rossini – 07 jogos
• Toninho Carlos – 02 jogos
• João Paulo – não atuou
Ano: 1991 – Chile
• Sérgio Guedes – não atuou
Ano: 1993 – Equador
• Almir – 01 jogo
Ano: 1995 – Uruguai
• Narciso – não atuou
Ano: 2004 – Peru (Brasil campeão)
• Renato – 05 jogos
• Diego – 04 jogos
Ano: 2007 – Venezuela (Brasil campeão)
• Kléber – 01 jogou
Ano: 2011 – Argentina
• Neymar – 04 jogos e 02 gols
• Paulo Henrique Ganso – 04 jogos
• Elano – 03 jogos
Ano: 2015 – Chile
• Robinho – 02 jogos e 01 gol
• Valência (Colômbia) – 03 jogos
Ano: 2016 – Estados Unidos
º Lucas Lima – 03 jogos e 01 gol
º Gabriel – 03 jogos e 01 gols

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