Neymar comanda o Tri da Libertadores

Por Gabriel Santana, do Centro de Memória
A noite de quarta-feira de 22 de junho de 2011 certamente não sairá da memória do torcedor santista. Quarenta e oito anos depois de se tornar o primeiro bicampeão da América, o Santos voltava a erguer o troféu mais importante da América do Sul, a Copa Libertadores da América!
Para conquistar o continente pela terceira vez, o time santista derrotou o Peñarol do Uruguai, no Pacaembu, por 2 a 1, perante 40 157 espectadores. Depois de um primeiro tempo sem gols, apesar das chances desperdiçadas, o Santos voltou decidido na segunda etapa e abriu o marcador logo a um minuto, com Neymar.
O lateral-direito Danilo ampliou aos 23 minutos. Doze minutos depois, ao tentar cortar um cruzamento, Durval, contra, marcou para os uruguaios, mas o Santos continuou melhor até o final e segurou o resultado que lhe deu o título.
O primeiro gol santista saiu dos pés de Neymar, mas Arouca e Paulo Henrique Ganso tiveram participação fundamental na jogada. O volante tocou para Ganso, que de imediato lhe devolveu a bola, de calcanhar. Arouca avançou e achou Neymar livre, invadindo a área pela meia direita,  e o camisa 11 colocou no canto direito do goleiro Sosa.
Já no segundo gol, Danilo recebeu passe de Elano pelo lado direito do ataque santista. Ao dominar a bola o lateral já driblou o defensor e bateu firme de perna esquerda. Com o gol contra de Durval, aos 35 minutos, o Peñarol precisava de mais um gol para levar o título. Como a primeira partida da grande final havia sido 0 a 0, o empate em 2 a 2 daria a taça ao time uruguaio, pela vantagem dos gols fora de casa.
Os últimos minutos de jogo foram de tensão e nervosismo, algo que deixou o grito de campeão mais emocionante quando o árbitro encerrou a partida, aos 47 minutos e 58 segundos. Comandada por Muricy Ramalho, o campeão da Libertadores jogou com Rafael, Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo.
Em 14 jogos, só uma derrota
Para ser campeão da América pela terceira vez, o Santos disputou 14 partidas. Venceu sete, empatou seis e só perdeu uma – para o Colo Colo, no Chile, por 3 a 2, na fase de classificação. Marcou 20 gols e sofreu 13.
Na campanha vitoriosa, os atletas que marcaram para o Peixe foram Neymar, seis gols; Danilo, quatro; Elano, três; Maikon Leite, Jonathan, Ganso, Alan Patrick, Zé Eduardo e Edu Dracena, um gol cada. Barreto, do Cerro Porteño, assinalou um gol contra a favor do Santos.
Deus é santista
Na penúltima rodada da primeira fase, o Santos confrontou o Cerro Porteño, no Paraguai, na noite de 14 de abril, em pleno aniversário do clube. Em caso de derrota, o Peixe estaria precocemente eliminado da competição. Mesmo o empate poderia ser fatal.
Porém, mesmo com os desfalques de Neymar, Elano e Zé Eduardo, o Alvinegro triunfou por 2 a 1, com gols de Danilo e Maikon Leite. O time paraguaio só diminuiu nos acréscimos, com Benitez. Nessa vitória heroica, o destaque foi o camisa 10 do Peixe, Paulo Henrique Ganso, que mesmo voltando de contusão teve uma noite inspirada.
Maior adversário estrangeiro
O Peñarol é a equipe estrangeira que mais atuou contra o Santos. Ao todo, as equipes já se enfrentaram 22 vezes. O Alvinegro venceu 10 jogos, empatou cinco e perdeu sete. O time santista marcou 36 gols no duelo, enquanto o Peñarol assinalou 31. O clube uruguaio foi também o adversário do Santos na final do primeiro título santista da Copa Libertadores, em 1962.

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