Quatro atletas do goalball do Santos FC/LMC são convocados para os Jogos Paralímpicos

Quatro atletas da equipe de Goalball do Santos FC/Lar das Moças Cegas foram convocados para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que serão realizados de 07 a 18 de setembro de 2016. No masculino foram chamados Leomon Moreno da Silva e Romário Diego Marques e no feminino Ana Carolina Duarte Ruas Custódio e Neusimar Clemente dos Santos.
A Seleção Brasileira masculina de Goalball irá buscar a inédita medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e aposta no time campeão do Parapan-Americano de Toronto 2015 para chegar à tão sonhada conquista.
Em 2012, nos Jogos Paralímpicos de Londres, a seleção bateu na trave e ficou com a medalha de prata. De lá pra cá o Brasil coleciona conquistas. Entre as mais importantes estão o Mundial de 2014, o bicampeonato dos Jogos Parapan-Americanos, em Toronto, além da liderança do ranking mundial da modalidade há aproximadamente dois anos.
A Seleção Brasileira feminina de Goalball também vai brigar pela inédita medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A base da equipe que conquistou o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no ano passado, foi mantida.
A caminhada da seleção verde e amarela começa no dia 08 de setembro, ainda sem o sorteio dos jogos definidos. O Brasil está no Grupo C da competição ao lado de Estados Unidos, Japão, Argélia e Israel. Na chave D estão Rússia, Turquia, China, Canadá e Ucrânia.
Sobre o Lar das Moças Cegas
O Lar das Moças Cegas é um Centro de Educação e Reabilitação para Deficientes Visuais. Além de ser referência no atendimento ao deficiente visual na Baixada Santista, o LMC é a  primeira instituição desse tipo certificada com o selo de Qualidade ISO 9001/2008. A parceria com o Santos FC teve início em 2006.
Sobre o Goalball
O goalball foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que ficaram cegos.
Nos Jogos de Toronto (1976) sete equipes masculinas participaram na condição de apresentação. Dois anos depois teve o primeiro Campeonato Mundial de Goalball, na Áustria. Em 1980 na Paralimpíada de Arnhem, a modalidade iniciou como esporte paralímpico, somente na categoria masculina. Somente em Nova York, em 1984, que a categoria feminina fez sua estréia nos jogos paralímpicos.
Em 1985, o professor Steven Dubner do CADEVI, entidade de atendimento à pessoas cegas de São Paulo, apresentou a modalidade no Brasil, que só veio a participar de uma edição dos jogos paraolímpicos em 2004, com a seleção feminina e, somente 4 anos depois, com a masculina.
A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). De cada lado da quadra tem um gol com nove metros de largura e 1,3 de altura. As linhas de posicionamento dos jogadores, a linha do gol e algumas outras importantes para a orientação dos jogadores são marcadas por um barbante preso com fita adesiva, permitindo que os atletas possam senti-las.
Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. Posicionados no espaço de três metros a partir da linha do goal, os atletas devem defender as bolas lançadas pela equipe adversária e lançá-las em direção do gol adversário, rasteira, fazendo tocar em alguns pontos da quadra. Ganha o jogo quem fizer mais gols dentro dos 24 minutos que dura uma partida, dividido em dois tempos.
Como cada equipe fica em seu espaço delimitado, não existe contato entre elas nesta modalidade, tornando-a mais fácil e de aparente segurança para novos esportistas.
As equipes são formadas por três titulares e até três reservas; todos vendados ou utilizando um óculos opaco que impeça a visão de qualquer um dos jogadores. É permitida a participação de todo atleta B1, B2 ou B3, porém, ratifica-se, todos jogam vendados.
A bola possui guizos em seu interior que emite sons – existem furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg e é mais ou menos do tamanho da de basquete.
O Goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo ou nos intervalos, paradas técnicas e fim do jogo.
 
 

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