Paulinho McLaren, uma corrida em busca do gol

Gabriel Santana, do Centro de Memória
Artilheiro de faro de gol apurado, Paulo César Vieira Rosa, o Paulinho McLaren, nasceu no dia 28 de setembro de 1963, em Igaraçu do Tietê, São Paulo, e chegou ao Santos em 1989.
Iniciou sua carreira no Bandeirante de Birigui, aos 17 anos, e até chegar à Vila Belmiro passou pelos clubes: Serra Negra EC-SP (1985), São Carlense-SP (1986), Comercial-SP (1987), Barretos EC-SP (1988), Votuporanguense-SP (1988), Atlético-PR (1989) e Figueirense (1989).
Na equipe catarinense Paulinho chamou a atenção da diretoria do Peixe, e foi contratado sob certa desconfiança da torcida. Estreou no dia 17 de setembro, poucos dias antes de completar 26 anos. O adversário de sua primeira partida pelo Santos foi o Vasco, e o time santista acabou derrotado por 2 a 1 na Vila Belmiro.
Um dia antes do seu aniversário marcou o seu primeiro e segundo gols pelo Alvinegro. A vítima foi o Bahia, também na Vila Belmiro. Ernâni completou o marcador de 3 a 1 para o Santos.
A eficiência e irreverência de Paulinho conquistaram o torcedor, e aos poucos ele teve mais espaço na equipe titular.
Em 1991 demonstrou todo seu potencial, com ótimas atuações. Destaques para os dois gols marcados no clássico contra o São Paulo, no Morumbi, que o Peixe venceu por 2 a 1, e para seu hat-trick no Maracanã, diante do Botafogo. As duas partidas foram válidas pelo Campeonato Brasileiro, certame em que Paulinho McLaren foi o artilheiro, com 15 gols assinalados.
Com a camisa santista realizou 142 jogos e marcou 57 gols.
McLaren, em homenagem a Ayrton Senna
E foi também no ano de 1991 que Paulinho virou o “Paulinho McLaren”. Seguindo o conselho do cinegrafista Reynaldo Cabrera, comemorou o seu gol na partida diante do Vitória, o segundo do Santos, como se estivesse dirigindo um carro de Fórmula-1, homenageando Ayrton Senna. Era uma segunda-feira, 18 de março de 1991, e a partida terminou 2 a 0 para o Peixe na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.
Uma semana depois, Ayrton venceu o GP de Interlagos e o nome da equipe do piloto, a McLaren, ficou ligada a Paulinho, que aceitou o apelido.
A partir da jogo contra o Vitória, voltou a marcar na maioria das partidas, tornando-se o sétimo jogador do Alvinegro Praiano a atingir a artilharia de um Campeonato Brasileiro.
Pós Santos e o treinador Paulinho
Paulinho só permaneceu no time santista até 1992, pois acabou contratado pelo Porto. Após a passagem pelo time português, atuou em mais oito clubes: Internacional, Shonan Belmare (JAP), Cruzeiro, Portuguesa, Fluminense, Atlético-MG, Miami Fusion (EUA) e encerrou sua carreira no Santa Cruz, em 2000.
Ao pendurar a chuteira, formou-se em Educação Física pelo Unifae, o Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino em São João da Boa Vista, e passou a atuar como técnico. Hoje já soma trabalhos em uma dezena de equipes.

Pular para o conteúdo