Para voltar a sonhar

Por: Odir Cunha
Uma vitória do Santos neste domingo, a partir das 16 horas, na Vila Belmiro, permitirá que o santista volte a sonhar com a classificação para a Copa Libertadores. Portanto, é mais um jogo decisivo entre essas duas equipes, que já se enfrentaram 57 vezes, com 27 vitórias do Santos, 14 empates e 16 vitórias do Atlético Paranaense; 90 gols santistas e 64 atleticanos.
No primeiro turno, em partida jogada em 31 de maio na Arena da Baixada, em Curitiba, o Santos teve mais posse de bola (58% a 42%), cobrou mais escanteios (7 a 4), mas chutou menos a gol (3 a 9) e acabou perdendo por 2 a 0. Hoje a torcida espera que a equipe dê o troco.
Brasileiro de 2004, a maior lembrança
Santos e Atlético Paranaense já disputaram as quartas de final de uma Copa Libertadores, em 2005, mas a lembrança mais forte desse duelo ocorreu no Brasileiro de 2004, em que os times lutaram palmo a palmo pelo título brasileiro, e o Santos acabou vencendo com uma equipe que tinha jogadores Robinho, Léo, Elano e Ricardinho, o goleiro Mauro, Paulo César, Deivid e Preto Casagrande, entre outros.
Naquele Brasileiro, o oitavo conquistado pelo Glorioso Alvinegro Praiano, a cinco rodadas para o final e com dois pontos de vantagem sobre o Santos, Levir Culpi, técnico do Atlético, disse que sua equipe estava no “piloto automático” rumo ao título. Isso motivou mais ainda os jogadores santistas e o técnico Vanderlei Luxemburgo, que obtiveram quatro vitórias e um empate nos últimos jogos e terminaram à frente do rival com uma vitória sobre o Vasco, em São José do Rio Preto.
Este oitavo título brasileiro do Santos só veio depois de muita superação, pois o time teve de mandar vários jogos no Interior de São Paulo, após uma punição da CBF, e ainda ficou sem Robinho em várias rodadas, devido ao sequestro de sua mãe. Para completar, a equipe teve nove gols legítimos anulados durante o campeonato.
No ano seguinte, os times voltaram a se duelar, pelas quartas de final da Copa Libertadores. Favorito, o Santos poderia ter vencido em Curitiba, pois empatava, criava chances e tinha um jogador a mais, já que um adversário tinha sido expulso. Mas sofreu um gol no final, perdeu por 3 a 2. Era plenamente possível vencer a partida de volta na Vila Belmiro, mas sem  Robinho e Léo, convocados para um amistoso caça níquel da Seleção Brasileira, perdeu por 2 a 0.
A partida praticamente decidia uma vaga para a decisão da Libertadores daquele ano, pois na semifinal o mexicano Chivas Guadalajara já tinha anunciado que jogaria com reservas, o que realmente fez. Na decisão, o São Paulo bateu o Atlético e se classificou para a decisão do título mundial,  que acabou conquistando.
No primeiro jogo, Athié apitou
Lembra o historiador Guilherme Gomez Guarche, do Centro de Memória do Santos, que na primeira partida entre ambos,  jogada em 12 de dezembro de 1926, no Estádio da Água Verde, em Curitiba, o Santos venceu por 3 a 1, com dois gols de Camarão e um de Hugo, e conquistou o primeiro troféu interestadual de sua história, a Taça Moreira Garcez.
O curioso desse primeiro confronto é que o árbitro foi Athié Jorge Cury, que no ano seguinte viria a jogar como goleiro no quadro santista e de 1945 a 1971 se tornaria o presidente mais longevo e vitorioso do Santos Futebol Clube. Naquele dia o Alvinegro Praiano jogou com Agne, Bilú e David; Américo, Julio e Renato Pimenta; Omar, Camarão, Hugo, Abel e Evangelista.
Dobro de vitórias
Com informações dos nossos pesquisadores Guilherme Gomez Guarche e Gabriel Santana, informamos que apenas em jogos do Brasileiro o Santos tem o dobro de vitórias do adversário. Em 44 partidas são 22 vitórias santistas contra 11 do Atlético e 11 empates, com 71 gols a favor e 46 contra.
Maiores artilheiros santistas do confronto
1 – Neymar, 6 gols.
2 – Ricardinho e Kayke , 4 gols.
4 – Paulinho McLaren, Rui Gomide, Bruno Henrique, Edu e Kléber Pereira, 3 gols.
9 – Robinho, Viola, Alessandro, Camarão. Cícero, Gabriel e Geuvânio, 2 gols.

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