Para desafiar a história

Por Odir Cunha, do Centro de Memória
Estatísticas por Gabriel Santana e Guilherme Guarche
Cada jogo é um jogo, mas o retrospecto de um confronto mostra tendências que não podem ser desprezadas. O grande time, aquele que caminha rumo ao título, costuma ter a força para desafiar a história, superar tendências negativas e construir novos momentos que, por sua vez, delinearão renovados caminhos históricos. É o que o santista espera do Alvinegro Praiano neste sábado, às 19 horas, na Arena Condá.
No balanço dos 10 jogos contra a Chapecoense, todos pelo Campeonato Brasileiro, o Santos tem um saldo positivo de cinco vitórias, dois empates e três derrotas, com 12 gols marcados e seis sofridos. Porém, na Arena Condá – estádio do município de Chapecó com capacidade para 20 mil pessoas – a situação é favorável à equipe local.
Nos cinco jogos já realizados em Chapecó o Santos obteve uma vitória, dois empates e duas derrotas, marcou dois gols e sofreu quatro. O único triunfo no campo do adversário ocorreu em 23 de outubro de 2016, no segundo turno do Campeonato Brasileiro, um domingo em que Pelé completava 76 anos.
Logo aos três minutos de jogo o goleiro Danilo se perdeu ao sair jogando e ser pressionado por Ricardo Oliveira. A bola sobrou para Lucas Lima, que com um toque sutil, por cobertura, marcou o único e belo gol do jogo. O meia santista vivia grande fase e acabava de ser convocado pelo técnico Tite para dois jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias.
Depois dessa vitória, Santos e Chapecoense jogaram mais quatro vezes: em 2017 o Alvinegro venceu na Vila Belmiro por 1 a 0 e perdeu em Chapecó por 2 a 0, e em 2018 houve um empate sem gols em Chapecó e no segundo turno o Santos foi derrotado no Pacaembu por 1 a 0.
Ou seja, será preciso reverter a tendência histórica para buscar em Chapecó uma vitória que coloque a equipe novamente no rumo do título tão almejado. Enfim, é o tipo de desafio que, se vencido, tornará os sonhos mais que possíveis.
Artilheiros santistas do confronto
1 – Ricardo Oliveira, dois gols.
2 – Rildo, Gabriel, Diego Cardoso, Bruno Uvini, Geuvânio, Rodrigão, Copete, Yuri, Lucas Lima e Vecchio, com um gol.
No primeiro duelo, boa vitória na Vila
Duelo mais recente dos santistas na Série A, Santos e Chapecoense se enfrentaram pela primeira vez em 26 de julho de 2014, um sábado, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. Era a partida número 5 745 da história do Alvinegro Praiano.
Dirigido pelo técnico Oswaldo de Oliveira, o Santos se apresentou com Aranha, Cicinho, Bruno Uvini, David Braz e Mena; Alison (Souza), Arouca e Lucas Lima; Thiago Ribeiro (Geuvânio), Rildo (Diego Cardoso) e Gabriel Barbosa.
A Chapecoense, do técnico Celso Rodrigues, jogou com Danilo, Fabiano, Rafael Lima, Jailton e Rodrigo Biro; Wanderson, Dedé, Ricardo Conceição (Abuda) e Nenén (Zezinho); Camilo (Leandro) e Bruno Rangel. O público foi de 6 962 pessoas.
Dono das iniciativas do jogo, o Santos venceu por 3 a 0, com gols de Rildo, Gabriel Barbosa e Diego Cardoso. Aquele Brasileiro o Alvinegro terminou na nona posição, enquanto a Chapecoense ficou com o décimo quinto lugar, à frente apenas do Palmeiras e dos quatro times rebaixados.

Pular para o conteúdo