Memória: ídolo Serginho Chulapa estreava com a camisa do Santos FC

No dia 19 de janeiro de 1983, o Santos FC entrava em campo na Vila Belmiro para disputar uma partida amistosa diante do América Carioca, perante um público de 11.032 espectadores em partida que teve no apito, Roberto Nunes Morgado, o popular “Pantera cor de rosa”.
O Peixe venceu o clube do Rio de Janeiro pelo placar de 2 a 0 com gols de João Paulo e Pita formando com: Ademir Maria; Toninho Oliveira, Joãozinho, Marcio Rossini e Gilberto Sorriso; Dema, Paulo Isidoro e Pita; Camargo, Serginho Chulapa e João Paulo (Toninho Vieira). O técnico era Chico Formiga.
Essa foi a partida de nº 3515, na história do Peixe e foi também a primeira partida em que o time santista usou a publicidade master em sua gloriosa camisa (Casas Bahia) que nesse encontro teve a estreia do irreverente centroavante Serginho Chulapa para alegria dos torcedores santistas, depois desse jogo Chulapa jogou mais 201 vezes com a camisa santista marcando 104 gols no período de 1983-84/86/88-1989/90.
Ele é o 3º maior artilheiro santista na era-pós Pelé ao lado de João Paulo, ficando atrás de Neymar que marcou 138 gols e Robinho que marcou 111 gols. Chulapa foi o artilheiro máximo nos campeonatos paulistas nos anos de 1983 com 22 gols e 1984 com 16 gols, no Brasileiro de 1983 ele foi também o artilheiro máximo com 22 gols.
Serginho em entrevista, narrou sobre a conquista do Título de 1984:
“Pedi para falar com o grupo. Disse: não vamos perder esse título, gente. Se eles estiverem ganhando, vamos arrumar uma confusão. Eles, durante a semana, fizeram foto de campeões. Nós vamos ser campeões. Se tiver perdendo o jogo, arrumo a confusão e todo mundo vai ter que entrar na briga. Nosso time tinha o Márcio Rossini, Rodolfo Rodriguez, Dema. Nosso time era problema. No braço, era problema. Saímos com essa determinação. Qualquer eventualidade, a gente ia arrumar um rolo. Foi uma voz de incentivo. O importante é que tiramos o tricampeonato do Corinthians. O título teve sabor especial para mim. Assim que cheguei ao vestiário, tomei mais da metade de uma garrafa de uísque. Passei até mal de tanto que bebi”.
Frase marcante do valente centroavante:
“Gol não é bonito nem feio, é gol. E gol eu sei fazer”.
Guilherme Gomez Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística

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