Memória: Clodoaldo vestia, pela última vez, a camisa do Santos FC

No dia 26 de janeiro de 1980, o eterno ídolo santista, Clodoaldo Tavares Santana, o querido Corró, vestia pela última vez a camisa do clube que tanto ama, o Santos Futebol Clube. Essa derradeira partida foi diante da Seleção da Romênia em jogo amistoso na Vila Belmiro que foi vencida pelos romenos por 1 a 0. O público total presente na despedida foi de 27.236 espectadores que viram Corró formar ao lado de: Marolla; Nelsinho Batista, Joãozinho, Neto e Paulinho (Washington); Clodoaldo (Cláudio Gaúcho), Carlos Silva e Pita; Nílton Batata (Serginho), Aluísio (Rubens Feijão) e João Paulo. O técnico era José Macia, o Pepe.
Clodoaldo nasceu na cidade de Itabaiana, no Sergipe no dia 25/09/1949 e o responsável por sua vinda para o Peixe, quando então jogava na várzea de Santos, na equipe do Barreiros foi o técnico da equipe de amadores, Ernesto Marques. Corró jogou pela primeira vez com a camisa santista no dia 05 de junho de 1966, na vitória frente a equipe do GE Olímpico na cidade de Blumenau em Santa Catarina em jogo amistoso comandado pelo técnico Lula. O eterno volante santista jogou pelo Alvinegro da Vila 510 partidas tendo marcado 13 gols. Pela Seleção Brasileira jogou 55 partidas e marcou 03 gols.
Curiosidade:
“Embora o Santos, embora eu considere o Santos o meu único clube, né? Porque eu tive uma passagem pelo Nacional de Manaus, tem uma historinha aí também sobre o Nacional de Manaus, que eu fui lá para jogar uns jogos amistosos, inclusive contra o Cosmos e eles me convenceram de ficar para eu jogar mais algumas partidas. Inclusive eles vinham jogar aqui na Vila Belmiro contra o Santos, e eu falei: “Olha, eu vou ficar aqui, jogar esses jogos…” Aí eles falaram: “Ah, mas nós vamos jogar no mesmo grupo de Santos.” Eu falei: “Olha, tudo bem, mas contra o Santos eu não vou jogar.” Logo eles: “Não, puxa, é bom que você jogue porque é uma atração.” Aí eu falei: “Olha, eu vou, não jogo e não volto.” (risos) E foi exatamente o que aconteceu, eu vim então, acompanhei a delegação, claro que tratando eles com carinho, o Nacional de Manaus, e cheguei aqui, acompanhei a delegação, mas só assisti o jogo e não voltei mais, fiquei por aqui. Então aí foi que logo depois eu fui jogar em Nova Iorque, eu tinha um convite para jogar pela equipe do New York United e passei quatro meses apenas lá, o futebol estava já também numa fase assim, difícil lá, sabe? O Cosmos estava com uma grande equipe mas também já alguns jogadores já estavam saindo e o futebol já não tinha o mesmo sucesso. De qualquer forma eu passei uma temporada em Nova Iorque, depois retornei ao Brasil. Em seguida fui convidado para ser técnico do Santos”.
Guilherme Guarche e Gabriel Santana – Centro de Memória

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