McLaren faz três e pede: Salvem as Baleias!

Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória
Naquele domingo, 7 de junho de 1992, dois assuntos mexiam com o Rio de Janeiro: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também chamada de Eco-92, e a abertura da fase final do Campeonato Brasileiro, que reuniria, no Maracanã, Santos e Vasco, e os dois maiores artilheiros do campeonato: o santista Paulinho McLaren e o vascaíno Bebeto.
O jogo e as atuações dos dois atacantes não poderiam ter sido mais espetaculares: após duas viradas, a partida terminaria empatada em 3 a 3, com todos os gols de seus times marcados por Paulinho McLaren e Bebeto. Espirituoso – e marqueteiro – o artilheiro santista não teve dúvidas ao ser entrevistado sobre sua performance sensacional:
– Ofereço meus gols à liberdade das baleias –, disse, fazendo alusão à mascote do Santos, ameaçada de extinção pela pesca predatória, um dos temas da Eco-92.
Naquele dia, Paulinho jogou em um time que tinha Sergio Guedes, Dinho, Pedro Paulo, Luiz Carlos (depois Guga) e Flavinho; Bernardo, Axel e Ranielli (Serginho Fraldinha); Almir, ele e Cilinho. O técnico era Geninho.
Batizado Paulo César Vieira Rosa, Paulinho McLaren é um paulista de Igaraçu do Tietê nascido em 28 de setembro de 1963. Jogou no Alvinegro Praiano de 1989 a 1992, fez 142 partidas e marcou 57 gols com a camisa do Santos, pelo qual foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1991, com 15 gols.

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