51 anos da carretilha do Kaneco

Guilherme Guarche, do Centro de memória
Dos dribles que entraram para a história do Santos, um dos mais lembrados ocorreu em uma noite de sábado, 9 de março de 1968, quando o ponta-direita Kaneco protagonizou um dos mais lances mais bonitos realizados na Vila Belmiro.
O Santos já vencia o Botafogo de Ribeirão Preto por 2 a 0, quando, aos seis minutos do segundo tempo, o jovem descendente de japoneses, nascido no Rio de Janeiro, avançou pela direita e aplicou uma carretilha, ou lambreta, em Carlucci, lateral da equipe do interior. Na sequência da jogada, Kaneco tocou para Toninho Guerreiro marcar, de calcanhar, o terceiro gol santista da noite.
A partida terminou com o placar de 5 a 1 para o Santos, com três gols de Toninho, um de Pelé e um de Negreiros. Márcio fez o gol do Botafogo. Apenas 5.227 pessoas viram a goleada e a carretilha de Kaneco na Vila Belmiro.
Além da imortal jogada do terceiro gol, Kaneco participou diretamente dos outros dois gols do goleador Toninho: do segundo e do quarto tento do Alvinegro. Em um deles, Kaneco sofreu pênalti, e no outro realizou outra bela jogada para o centroavante finalizar sem chances para o goleiro.
A partida contra o time de Ribeirão Preto foi a sétima do Santos no Campeonato Paulista daquele ano. Ao final do certame, o Alvinegro sagrou-se mais uma vez campeão paulista, conquistando o décimo-primeiro título estadual de sua história.
O ponta-direita Alexandre de Carvalho Kaneco atuou pelo Santos nos anos de 1968 e 1970, totalizando 17 partidas. Seu único gol pelo Peixe foi marcado no dia 27 de março de 1968, o segundo da goleada de 5 a 2 sobre o São Paulo, no Morumbi. Kaneco faleceu em Santos em 18 de abril de 2017, aos 70 anos, vítima de câncer.

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