Sansão, este clássico tem poder

Por Odir Cunha, do Centro de Memória
Batizado Sansão pelo jornalista Thomaz Mazzoni em 1956, ano em que o Santos venceu o rival na decisão do Campeonato Paulista, Santos e São Paulo, que se encontram novamente neste sábado, fazem um duelo de muita história – e de muitas curiosidades –desde 1930.
Se no retrospecto dos 308 jogos que já fizeram a vantagem é são-paulina (132 vitórias e 509 gols marcados, contra 104 vitórias e 442 gols do Santos), nas seis decisões de campeonato entre ambos o Santos venceu quatro e perdeu duas. A mesma proporção ocorre nos 12 jogos eliminatórios, dos quais o Peixe se saiu melhor em oito deles.
Nos 67 jogos pelo Campeonato Brasileiro, o Santos venceu 25, perdeu 28 e ocorreram 14 empates; fez 85 gols e sofreu dois a menos. Em jogos pelo Brasileiro no Morumbi o Santos venceu 26, perdeu 50 e empatou 27, fez 127 gols e deixou passar 158. Mas no retrospecto do século XXI, que é o mais interessa, a vantagem do Alvinegro é incontestável.
Falta um para 100 gols no Sansão neste século
Neste século o Santos está bem perto de uma marca importante no Sansão. Em 67 confrontos, o Peixe obteve, além de 11 empates, 31 vitórias e fez 99 gols. Portanto, falta apenas um gol para chegar à contagem centenária. Nesse período o Alvinegro perdeu 21 vezes e sofreu 75 gols.
Em 30 de julho de 2006, pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi, ocorreu a vitória mais expressiva do San sobre o São no Morumbi: com dois gols de Fabiano, um de Dênis e outro de Rodrigo Tiuí, o Peixe goleou por 4 a 0. Mas não foi a única vez…
Rodolfo Rodriguez/ Serginho 3 x 0 Muller/ Raí
Um Sansão jogado no Morumbi que não valeu título, mas ficou na memória dos santistas, ocorreu em 22 de maio de 1988, um domingo, pela fase de classificação do Campeonato Paulista.
Campeão estadual do ano anterior, o São Paulo do técnico Cilinho tinha um time poderoso, com Dario Pereyra, Pita, Muller, Raí e Sidney, entre outros. O Santos, treinado por Geninho, se valia da experiência do goleiro Rodolfo Rodríguez e do centroavante Serginho Chulapa.
Cerca de 30 mil pessoas viram a partida, a maioria são-paulinos. Mas o Santos jogava de igual para igual e aos 33 minutos Serginho resolveu meter um bico de fora da área e pegou desprevenido o goleiro chileno Rojas. Golaço! Logo em seguida o zagueiro Davi apoiou o ataque e sofreu pênalti. Mendonça bateu e fez 2 a 0.
Como se poderia prever, o Santos foi bem pressionado na segunda etapa. Não fossem as defesas de Rodolfo Rodríguez e o adversário teria feito um ou mais gols. Porém, de tanto atacar, o rival se descuidou da defesa, e num contra-ataque rapidíssimo, Serginho tocou para César Ferreira, que esticou para César Sampaio penetrar e fazer o terceiro do Santos. 3 a 0. Que vitória!
Artilheiros santistas do Sansão pelo Brasileiro
1 – Pelé, Paulinho McLaren, Diego e Copete, 4 gols.
5 – Fabiano e Ricardo Oliveira, 3 gols.

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