Na força e na garra Santos conquista o Campeonato Paulista

Guiherme Guarche do Centro de Memória
Colaboração de Wesley Miranda
Ao longo de seus 108 anos de história, o Santos se tornou mundialmente conhecido por seu estilo de jogo ofensivo com jovens rápidos e habilidosos. O time de 1984 fugiu um pouco a essas regras. No entanto, engana-se aquele que acha que esse time não agradou o torcedor santista.
Com uma espinha dorsal formada pelo uruguaio Rodolfo Rodriguez no gol, Márcio Rossini na zaga, Dema no meio e Serginho Chulapa no ataque, todos jogadores de Seleção, junto a companheiros notáveis como Paulo Isidoro, Zé Sergio, Lino, Humberto, Toninho Carlos entre outros, o Santos de 1984 tinha a missão de evitar a conquista do tão comentado Tricampeonato Paulista do Corinthians.
O duelo da melhor defesa (Santos) contra o melhor ataque (Corinthians)
Em um campeonato alucinante com uma disputa cabeça a cabeça, coincidentemente a última rodada colocou frente a frente os dois melhores times do certame em uma épica decisão.

O gol do título! (Foto/Arquivo Santos FC)

Com 55 pontos na tabela contra 54 do rival Corinthians, bastava ao Santos o empate para faturar o título no sistema pontos corridos.
O jogo foi “pegado”, catimbado, e o gol só saiu aos 27 minutos do segundo tempo com a jogada de Zé Sérgio acionando Humberto na esquerda que serviu Chulapa, livre para marcar o seu 16º gol no campeonato, se tornando artilheiro da competição juntamente com Chiquinho do Botafogo (SP).
Na presença de 111 345 pessoas o Santos conquistava seu 15º título Paulista!
Os artilheiros
Serginho Chulapa (16), Lino (7), Humberto (5), Márcio Rossini (5), Gersinho (4), Zé Sérgio (3), Paulo Isidoro (3), Ronaldo (3), Pedro Paulo (1), Mário Sérgio (1), Toninho Carlos (1), Fernando (1) e marcaram contra a favor do Santos, Wagner, Gotardo, Jorge e Luiz Pereira todos com um gol cada.
Torcedor ilustre
Em uma nova versão de Umbabarauma de Jorge Ben Jor, o rapper santista Mano Brown incluiu um trecho referente a essa épica decisão.
“Aqui Morumbi, a fé é que me move
Meu camisa 9, treinô bem vai jogá
Salvador da final salve nosso natal
Que a bola vem quase sem pretensão
Aos 27 o silêncio que antecede a explosão
Criolo rei tem a sorte, vida e morte no clássico sim
Momento mágico pra mim sofredô
Passo curto pelo meio, vem pela intermediária
que alcança o meio esquerdo vai a linha de fundo
a bola, bate rasteira cruza a pequena área aos péis
pro nosso herói o sentido de tudo!”

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