Lima, o eterno curinga da Vila, comemora aniversário

Na cidade mineira de São Sebastião do Paraíso, no dia 18 de janeiro de 1942, nascia Antônio Lima dos Santos, ou simplesmente o coringa Lima, um dos jogadores mais versáteis da história do futebol. Iniciou sua carreira no Juventus da Rua Javari, em 1958. No ano de 1961, foi contratado pelo Santos, após se destacar no Campeonato Paulista.

Aos 21 anos, já tinha em seu currículo os títulos de Campeão Paulista, Campeão Brasileiro, Campeão da Taça Libertadores e Campeão Mundial. Apesar da idade, Lima atuou em 74 jogos no ano de 1962, e foi fundamental em todas essas conquistas.

Eficaz na defesa e no ataque, inicialmente atuou mais pela lateral-direito, mas quando Lula pediu para Lima improvisar em outra posição, o então treinador santista reparou que ele poderia atuar em mais de uma posição. Nas finais dos Mundiais de 1962 e 1963, por exemplo, Lima atuou no meio-campo, e realizou três ótimas partidas.

O Coringa da Vila permaneceu no Peixe até o ano de 1971, disputando 694 jogos e marcando 65 gols. Com a camisa da Seleção Brasileira enquanto esteve atuando no Santos, disputou 18 partidas e marcou 6 gols, participando da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Títulos conquistados:

Campeão Mundial (1962/1963), Campeão Sul-Americano (1962/1963), Campeão Brasileiro (1961/1962/1963/1964/1965/1968), Campeão Torneio Rio-São Paulo (1963/1964/1966), Campeão Paulista (1961/1962/1964/1965/1967/1968/1969), Campeão Recopa Sul-Americana (1968) e Campeão Recopa Mundial (1968).

A última partida do eterno curinga Lima com a camisa do Santos Futebol Clube foi no dia 30/10/1971 no empate em 1 a 1 diante do Arquirrival da capital, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro, com Pelé marcando o tento santista que formou com Joel Mendes; Orlando Amarelo, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Clodoaldo e Lima; Davi, Mazinho (Douglas), Pelé e Edu. O técnico era Mauro Ramos de Oliveira.

Curiosidade

Bem antes de Lima, o primeiro jogador no elenco santista a desempenhar o papel de curinga, foi Adhemar de Oliveira, o excelente Gradim, que atuou no time do Peixe no período de 1936 a 1944 e tinha apelido muito curioso: era chamado de “Amélia”, pois assim como fala a letra da canção composta por Ataúlfo Alves e Mário Lago (Ai, que saudades da Amélia), ele não sabia dizer “não” aos treinadores e aceitava jogar em todas as posições para as quais era escalado.

Guilherme Guarche e Gabriel Santana – Centro de Memória do Santos FC

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