Guerreiro Léo faz 44 anos

Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória
Campos dos Goytacazes. Em um domingo, 6 de julho de 1975, nascia nessa cidade no norte fluminense de meio milhão de habitantes, conhecida como a “Capital nacional do petróleo e do açúcar”, aquele que se tornaria um dos melhores laterais esquerdos que vestiram a camisa do Santos: Leonardo Lourenço Bastos, o “Guerreiro Léo”, que honrou com dedicação e raça a camisa número três do Alvinegro Praiano.
Léo iniciou sua carreira jogando no Americano de sua cidade natal, ali permanecendo até 1997, quando se transferiu para o União São João, de Araras. Dois anos depois foi contratado pelo Palmeiras. Porém, sem ser aproveitado pelo time alviverde, veio para o Alvinegro Praiano no ano seguinte.
Sua primeira partida pelo Santos ocorreu justamente contra o Palmeiras, na Vila Belmiro, em 27 de agosto de 2000, pelo Torneio João Havelange/ Campeonato Brasileiro. Orientado pelo técnico Antônio Gilberto Maniaes, o Giba (falecido em junho de 2014), o Santos jogou com Carlos Germano, Michel, Preto (Júlio César), Sangaletti (Valdo) e Léo; Claudiomiro, Renato, Caio e Robert (Aílton); Edmundo e Dodô.
Logo após o jogo, que o Santos perdeu por 3 a 2 (Edmundo fez os gols santistas), Léo deu uma mostra da garra que o faria cair nas graças dos torcedores, ao afirmar: “Se depender de mim, vou deixar meu sangue para fazer o Santos campeão”.
O Santos não foi campeão brasileiro em 2000, nem em 2001, mas conseguiria o tão ambicionado título em 2002, com o determinado Léo entre os destaques de um time recheado de jovens talentos. A façanha se repetiria em 2004, novamente com Léo entre os líderes do time.
Em suas duas passagens pelo Santos – de 2000 a 2005 e de 2010 a 2014 – o valente lateral-esquerdo jogou fez 456 partidas e marcou 24 gols. Léo é o décimo jogador que mais vestiu a camisa do Peixe. Ainda jogou oito partidas pela Seleção Brasileira, conquistando o título da Copa das Confederações, em 2005, na Alemanha.
No Benfica, de Portugal, equipe que defendeu de 2005 a 2009, ele também deixou a sua marca. Pela disposição e eficiência foi considerado o melhor lateral-esquerdo da Liga Portuguesa nos anos de 2006 a 2008.
Títulos de Léo no Santos
Campeão Brasileiro em 2002 e 2004.
Campeão da Copa Brasil em 2010.
Tricampeão Paulista em 2010, 2011 e 2012.
Campeão da Copa Libertadores em 2011.
Campeão da Recopa Sul-americana em 2012.
O craque santista foi o vencedor da Bola de Prata, da Revista Placar, nos anos de 2001, 2003 e 2004.
Sobrinho de craque
Léo Bastos é sobrinho de um dos maiores ídolos que o Santos já teve na sua gloriosa existência: o atacante Augusto Vieira de Oliveira, o saudoso Tite, que também nasceu em Campos dos Goytacazes.

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