Amélia, ou melhor, Gradim, autor do gol 2.000 do Santos

Por Gabriel Santana e Guilherme Guarche, do Centro de Memória
Salvador, domingo, 30 de abril do ano de 1939. Há exatos 80 anos a capital da Bahia recebeu o time do Santos, que fazia uma mini excursão pelo Nordeste brasileiro e lá se defrontou com o Ypiranga local. Na vitória santista, por 3 a 0, o jogador Gradim, que tinha o curioso apelido de “Amélia”, marcou o gol de número 2.000 da história do Alvinegro Praiano.
Gradim marcou cobrando pênalti. Além dele, Raul Cabral Guedes e Rui Gomide fizeram os gols do Santos nessa partida amistosa disputada no Estádio da Graça.
Escalados pelo técnico Isaac Goldenberg, o Alvinegro Praiano jogou com Ciro, Neves e Vanderlino; Figueira, Gradim e Artigas (Laurindo); Saci (Zé Carlos), Moran, Raul, Remo e Ruy. Com a vitória, o Santos recebeu a taça “Cia Cervejaria Brahma”, ofertada pelo clube anfitrião.
Após o término do jogo ocorreu um sururu de graves consequências, que culminou com a morte de um soldado do Exército. Um zagueiro do time baiano com o sugestivo apelido de “Incêndio” provocou a confusão ao agredir o árbitro Sanches Dias e, expulso, se recusar a sair de campo.
Gradim jogava onde o técnico pedia
O gaúcho Adhemar de Oliveira, o Gradim, nascido na cidade de Taquaral, tinha também o apelido de “Amélia”, pois não nunca se recusava a atender as ordens táticas de seus treinadores, que o escalavam em posições variadas na equipe santista.
Ele jogou 271 partidas com a camisa do Santos, marcando 95 gols, no período de 1936 a 1944, e foi o primeiro “curinga” do time de Vila Belmiro.
O termo “Amélia” refere-se ao nome de um clássico do samba, sucesso dos anos de 1940, composto por Mário Lago e Ataúlfo Alves, intitulado de “Ai! que saudades da Amélia”.

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