Gabriel Pierin do Centro de Memória
Há exatos 61 anos o Santos alcançava a maior goleada de sua história na era profissional: 12 a 1. O adversário era a Ponte Preta e o palco, a Vila Belmiro.
Curiosamente, naquele jogo o Peixe jogou sem seu maior artilheiro, Pelé, que estava contundido. O confronto foi disputado no dia 19 de novembro de 1959 e era válido pelo Campeonato Paulista.
A ausência do Rei do Futebol foi suprimida pelas atuações de Coutinho e Pepe. O jovem centroavante, com apenas 16 anos, fez cinco gols. O Canhão da Vila, Pepe, marcou quatro. Aguinaldo fez dois e Mingão colaborou com um contra. Célio foi o autor do único gol da Ponte.
Nessa noite gloriosa, o técnico Lula formou o time com Manga, Dalmo e Pavão; Formiga, Mourão e Zito; Dorval, Jair Rosa Pinto, Coutinho, Aguinaldo e Pepe.
A Ponte Preta resistiu com disciplina até o fim da partida. O predomínio santista durante todo o jogo se refletiu na contagem, que poderia ter sido maior. O Peixe ainda perdeu sete oportunidades de marcar.
Coutinho, o artilheiro da noite, abriu o marcador logo no primeiro minuto. Pepe ampliou aos 12 e 16. Coutinho voltou a marcar no último minuto fechando a contagem por 4 a 0 no primeiro tempo.
O time de Vila Belmiro voltou do vestiário disposto a liquidar o adversário. Seguindo as orientações do técnico Lula para não desperdiçar, a equipe marcou oito vezes e sofreu apenas um gol.
Um duelo antigo e de muitos gols
Santos e Ponte Preta começaram sua história de confrontos num jogo de muitos gols e emoções. No dia 4 de abril de 1926 o time de Campinas levou a melhor na Vila Belmiro e venceu por 4 a 3.
Ao todo as equipes já se enfrentaram 133 vezes na história. O Peixe conquistou 73 vitórias e perdeu 34 vezes. O ataque santista também é bastante superior ao do adversário: marcou 252 gols, contra 153.
A Ponte nunca conseguiu se vingar daquele resultado. A maior goleada foi um 5 a 0, em 11 de julho de 1991, também pelo Estadual. Abel (2), Osvaldo, Chicão e Zé Mário marcaram os gols na partida disputada no estádio Moisés Lucarelli.
O primeiro 12 a 1
Na era amadora, o Santos aplicou outro 12 a 1. A vítima foi o tradicional Ypiranga da capital. O ano era 1927 e o Santos contava com o ataque mágico formado por Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista. No Campeonato Paulista daquele ano, o Alvinegro imprimiu o incrível recorde de 100 gols em 16 jogos, uma média de 6,25 por partida.