Memória: Nascia Luiz Alonso Perez, o Lula, o maior técnico da história do Santos FC

No dia 22 de fevereiro de 1922, nascia em Santos, Luiz Alonso Perez, o Lula, que foi sem contestação, o melhor técnico que comandou o Santos FC. Lula dirigiu pela primeira vez a equipe titular em substituição a Aymoré Moreira que era o técnico efetivo do Santos e fora servir a Seleção Paulista. Essa primeira participação como técnico interino foi na vitória santista por 1 a 0 diante do São Paulo no Pacaembu em partida amistosa com Alemão marcando o tento praiano que formou com: Luis; Olavo (Diogo) e Expedito; Nenê, Formiga e Pascoal; Cento e nove (Hugo), Dedeco, Alemão, Nicácio e Canhoto (Chiquinho). Depois ele dirigiu outra partida amistosa diante do mesmo São Paulo na Vila Belmiro com o time paulista vencendo por 2 a 0.
Sua efetivação como técnico do Peixe aconteceu no dia 05 de junho de 1954 quando então o Peixe venceu o Botafogo carioca por 3 a 2 no Maracanã em partida do Torneio Rio-São Paulo com Tite marcando dois gols e Joel um formando o Santos com: Manga; Hélvio e Feijó; Urubatão, Formiga e Zito; Joel, Walter, Álvaro, Vasconcelos (Hugo) e Tite.
A última vez que entrou em campo como treinador do Alvinegro foi no dia 19 de dezembro de 1966 em partida válida pelo campeonato paulista na vitória por 3 a 0 diante da Prudentina na Vila Belmiro com Toninho Guerreiro marcando os três do Peixe que formou nessa despedida de Lula com: Cláudio; Zé Carlos, Modesto e Geraldino; Lima e Orlando; Amauri, Joel Camargo, Toninho, Dorval e Abel.
No Santos FC Lula conquistou 38 títulos. Quem assumiu em seu lugar foi Antônio Fernandes, o Antoninho. Lula faleceu no dia 15 de junho de 1972, aos 50 anos de idade.
Curiosidade
Um dos três filhos do saudoso e inesquecível técnico Lula, Marcos Alonso Perez desabafou que: “Meu pai talvez seja o técnico mais injustiçado da história do futebol. Inventaram essa história de que jogava a camisa para o alto. Mas meu pai tinha um olho clínico sensacional. Ele que montou aquele timaço. O problema é que ele não falava bem, não tinha marketing. E morreu por causa do Santos, porque não voltou ao Santos”.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística

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